rogerio silvaPor Freddie Santa Rosa

Rogério Silva trata bem as letras. Costuma dizer que “envoltas com carinho encaixam-se no raciocínio que dá forma a uma emoção”. Tirou da gaveta alguns escritos, todos devidamente publicados em periódicos de 2010 a 2018 e dedicou-se à prazerosa tarefa de relê-los, revisá-los e contextualizá-los, dando contribuição histórica a quem dela quiser tirar proveito.

Na coluna Ponto de Vista do Correio de Uberlândia, no Brazilian Wave Magazine, de Toronto, no Canadá e em um ou outro jornal e revista estão os textos do agora escritor Rogério Silva. Um pouco de humor e até sarcasmo na dose exata para retratar o cotidiano político de Brasília, a evolução da TV aberta no comportamento do público telespectador e um atrevimento em macroeconomia. Ingredientes dos mais diversos em “O Mundo Maravilhoso de Alice e outras histórias”. O título do livro é homônimo de um dos artigos que podem ser lidos em sequência cronológica ou salteados, sem prejuízos.

Dele disse uma vez o jornalista Antonio Lopes, que foi seu colega na TV Santa Cruz, em Itabuna: Rogério Silva é autor aparelhado para nos dar este “O mundo maravilhoso de Alice…”, por ser competente profissional, de longa vivência no tantas vezes deprimente noticiário de TV. Pôr-se em letra de forma, no jornal, é exercer uma espécie de catarse, exorcizar demônios, criar laços com o leitor anônimo, realimentar o sonho juvenil de melhorar o mundo e salvar-se a si mesmo, como bônus. “Escrevo para salvar minha alma” – teria dito Fernando Pessoa, uma das leituras de Rogério.

Baiano, vive de telejornalismo há 27 anos. Por 16 deles atuou no jornalismo da Globo, dirigindo redação e chefiando produção e reportagem em sua cidade natal, no sul da Bahia. Chegou a Uberlândia em 2007 com a missão de reestruturar a programação regional da TV Paranaíba (Record), que atualmente ocupa mais de 5 horas de grade local diária. É noticiarista também na Rádio Educadora, recentemente, migrada para o FM. Professor universitário dedica-se a ensinar o ofício a jovens estudantes que querem desbravar o mercado da comunicação social em Minas.

Outro grapiúna que opina sobre o autor é o palestrante/mágico Karim Midlej Harfush: Para Rogério Silva, amigos são como canetas e lápis, precisam estar sempre por perto, em constante contato, carregadas e apontados para escrever as mais belas histórias da vida. Histórias que vivemos e viveremos ao longo dessa jornada, uma jornada de contos, recontos, vírgulas, pontos e exclamações, afinal, como dizia o poeta Vinícius de Moraes: “A gente não faz amigos, reconhece-os”.

O livro tem ilustrações do conhecido chargista Maurício Ricardo e será lançado dia 13 de novembro, em Uberlândia.