jorge tenda“Tive grandes professoras que não diferenciaram a importância do ensino das artes e da ciência. Elas me ensinaram a ver a cultura e a educação como coisas indissociáveis”, lembrou o secretário Jorge Portugal, durante sua participação no evento Improviso, Oxente!, que aconteceu na Tenda Teatro Popular de Ilhéus e que discutiu o tema Cultura e Educação – Relatos de Experiências.

Essa foi a primeira edição do evento – um mix de debates temáticos com intervenções artísticas – e contou também com explanações doprofessor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Álamo Pimentel; do professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Jules Soares; e do pedagogo e escritor Pawlo Cidade, que fez a mediação.

O secretário pontuou momentos em que foi estudante, em Santo Amaro, suas experiências como professor e os desafios de sua gestão, que incluem o fortalecimento do elo das políticas públicas para a cultura e para a educação. “Tenho o compromisso de estreitar cada vez mais essa relação. Quando estamos na escola, por exemplo, estamos lá para receber a cultura ocidental”, afirmou.

Já o professor, Álamo Pimentel, especialista em Antropologia Educacional, salientou que passou a se interessar pela educação fora da escola: “Educar é, também, ensinar a pensar e a questionar as simbologias das culturas, a não negar a grande porção da África e da cultura  indígena que temos em nossa formação, é ampliar a visão de mundo para além do eurocentrismo. Através do reconhecimento da nossa cultura encontramos nosso lugar no mundo”.

Improviso, Oxente! contou com a participação de membros do Conselho de Cultura de Ilhéus, estudantes, professores de universidades da região, representantes da Prefeitura de Ilhéus, artistas e agentes culturais, além de ter sido transmitido ao vivo pela internet o que possibilitou a participação de pessoas de outras cidades e estados, que enviaram perguntas para a mesa. Foram levantadas questões como projetos de formação para a cultura com instrutores locais, fomento de uma cultura para a participação cidadã e para a educação patrimonial e um melhor aproveitamento de equipamentos culturais como museus e bibliotecas.

As intervenções artísticas ficaram por conta das apresentações de cenas do Auto do Boi da Cara Preta, da peça A vida de Galileu, além do projeto Passeio pela música brasileira, da Sociedade Filarmônica Capitania dos Ilhéus.