O deputado federal Geraldo Simões fez um pronunciamento no Congresso Nacional cobrando melhoria na gestão dos recursos da saúde pública em Itabuna. Desde novembro do ano passado a cidade tem  a gestão plena da saúde. Com isso, o município passou a receber cerca de 10 milhões de reais por mês, apenas para os serviços de média e alta complexidade, valor que chegará a 11 milhões de reais a partir de abril, por conta de uma nova injeção de recursos por parte do Ministério da Saúde.

“O que se esperava é que, com a gestão plena, o município melhorasse o serviço de saúde, prestando um atendimento de qualidade à população, já que está gerindo os recursos”, disse o parlamentar. Segundo ele, “infelizmente não é o que vem ocorrendo. As unidades de saúde continuam funcionando precariamente, faltam médicos e remédios e a marcação de consultas para procedimentos de média e alta complexidade, é demorada e ineficiente”..

Além disso, Itabuna continua com um dos mais elevados índices de infestação do mosquito transmissor da dengue de todo o Brasil, com 21,3%, ou seja 20 vezes maior do que o aceitável pela Organização Mundial de Saúde. Para Simões “o  que geraria agilidade e eficiência vem tendo um efeito contrário”. Ele citou como  exemplo da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, que mantém os hospitais Calixto Midlej, Manoel Novaes e São Lucas em Itabuna. Os repasses que anteriormente eram feitos pelo Governo do Estado e hoje são feitos pela Prefeitura, vem sendo feitos com atraso e em valores menores do que o acordado, o que já compromete o serviço prestado pela instituição.

Geraldo Simões  reuniu-se com dirigentes da Santa Casa e eles mostraram uma situação que poderá se agravar, caso os repasses não sejam normalizados e atualizados. “Recursos existem e está claro que o problema é de gestão. A saúde pública é um serviço básico para a população, que não pode ser negligenciado, nem se tornar fruto de disputas internas de poder, como está ocorrendo em Itabuna”, afirmou..

Geraldo Simões fez um apelo ao poder público municipal para que faça da gestão plena um instrumento para a melhoria da saúde em Itabuna, “porque é isso que a nossa população deseja e precisa”.