Seis envolvidos em um esquema de sonegação estimado em R$ 20 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na Bahia foram presos durante a operação Minotauro, coordenada pela Força Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal, integrada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Ministério Público (MP). Policiais cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Sergipe e Bahia.

O empresário do ramo alimentício Edson Fonseca Júnior e o contador Daniel Pinheiro de Queirós Filho foram presos em Salvador. Donos de uma importadora de alimentos, sediada em Belém, no Pará, os irmãos Gerson e João Franco Bueno tiveram os mandados cumpridos pela Polícia Federal, naquela cidade. Isaías Vanderley do Amaral e Antônio Edvaldo Silva de Araújo foram presos em Aracaju e no Rio de Janeiro, respectivamente. Este último teve o mandado cumprido por uma equipe da Dececap que se dirigiu até a capital sergipana.

O resultado da operação foi apresentado à imprensa, na manhã desta quinta-feira (21), na sede da Dececap, em Piatã. A diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), delegada Emília Blanco, a titular da Dececap, delegada Débora Freitas, os promotores Vanezza Rossi e Pedro Maia e a inspetora de investigação e pesquisa da Sefaz, Sheilla Meirelles, detalharam a investigação que desarticulou o esquema. De acordo com o Ministério Público, o valor do crédito reclamado em nome das empresas, ou seja, com autos de infração já lavrados, é da ordem de R$ 6,2 milhões.

LARANJAS

Edson, proprietário do armazém Top Alto, localizado no bairro Granjas Rurais, próximo à Mata Escura, foi capturado a bordo de um veículo Fiesta, de cor preta, na Avenida Paralela, quando se dirigia ao trabalho.  Daniel foi preso em sua residência, no bairro do Imbuí. A equipe da Dececap que esteve em Aracaju, conduziu Antônio para interrogatório naquela unidade policial. Estes três sonegadores ficarão custodidos no Complexo Policial dos Barris, enquanto Isaías, Gerson e João vão permanecer presos em seus respectivos estados.

Segundo a delegada Débora Freitas o grupo recrutava pessoas em Salvador, Lauro de Freiras e Simões Filho, para servirem de “laranjas” na abertura de empresas, que revendiam carne bovina e derivados a estabelecimentos comerciais nas três cidades. Depois de acumularem dívidas milionárias em impostos, as empresas eram fechadas. Computadores, notebooks, pendrives e documentos ficais foram apreendidos e serão analisados pela Polícia Civil, Sefaz e MP.