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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

fevereiro 2013
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Falar sem mordaças

  Francisco Viana 

A bloqueira Yoani Sánchez  se tornou a grande sensação do momento. Não pelo que disse ou poderia dizer – que vale registrar , não contém muita novidade – , mas pelas manifestações que suscitou. O normal numa democracia, como é o caso do Brasil, seria ela poder falar livremente, participar de debates, expor suas ideias como qualquer outro mortal.

Não foi o que aconteceu. Foi impedida por manifestantes, hostilizada e, evidente, esse é um lado velho do Brasil moderno. Fica , porém, a lição. Quanto maior o mistério, quando maior o interesse. Quanto maior o interesse, mais o menos vira mais e o mais se transforma em crise.

Vejamos, por exemplo, algo que nasceu e floresceu dentro do próprio Estados Unidos: o filme A Hora Mais Escura , de Kathryn Bigelow. É uma denúncia vigorosa contra a tortura, contra a ética perdida na guerra contra o terror, mas que foi absorvida pela sociedade democrática, sem sobressaltos e seguirá o seu curso de questionamento. O filme está em cartaz no Brasil e foi recebido como deveria ser: um exercício de liberdade.

Esse é o erro que se comete sempre que se cruza com opiniões divergentes. Se procura hostilizá-las, como se fosse “uma traição”, para citar as palavras da própria Yoani, em lugar de absorve-las, de se procurar entende-las, ver o que existe de construtivo e o que existe de fantasia. O que existe de fato, o que existe de versão.

O debate e as mudanças são vitais na sociedade. E não pode haver mudança, nem debate se existe cerceamento.

Comunicação é isso: partilhar ideias. O que faz da democracia Americana forte é essa característica: tudo está nas ruas. É assim desde a fundação dos Estados Unidos. Nada foi dado, tudo foi conquistador. A pergunta de fundo que se coloca é como construir uma sociedade democrática e para onde esta sociedade caminhará? Existiram quarto grandes revoluções no mundo. A Inglesa, a Americana, a Francesa e a Russa. Houve diálogo entre elas? Certamente não. Sobreviveu a quinta revolução. A Chinesa. Por que? Está aprendendo a ouvir, a dialogar. Entendeu que em regimes fechados, o custo humano é elevadíssimo. Porque a vida conta pouco, a política ideológica é preponderante.

Yoani Sánchez  veio ao Brasil para expor suas ideias e é assim que precisava ser acolhida. Ter a liberdade que é assegurada a todos, venham e pensem como pensar. Democracia é falar com liberdade. Sem mordaças. Pois as mordaças têm caminho conhecido. Cedo ou tarde, vão para a lixeira da história.

————

Francisco Viana é jornalista

2 respostas para “Falar sem mordaças”

  • Nice says:

    Com certeza no lixo da História, estarão os detratores e financiadores das mentiras da gusana blogueira.Já basta a nossa mídia golpista com suas mentiras e armações diárias.O povo cubano não precisa da perigrinação dessa farsante.E já que está se falando em democracia, ela teve espaço para falar o que queria e de ouvir o que muitos brasileiros pensam dela.Justíssimo.

  • Victor Costa says:

    É incrível a campanha nas redes sociais para difamar Yoani Sanchez só porque ela “se atreveu” a criticar o “regime dos sonhos” de muitos radicais esquerdistas. Mas ela já deu uma excelente resposta a esses tresloucados: “queria que manifestações de opiniões contrárias fossem possíveis em Cuba”.

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