Zilda Arns – falecida em 2010 no terremoto do Haiti – ex-coordenadora da Pastoral da Criança e três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo Brasil, foi a grande homenageada na Sessão Especial pelos 25 anos da Pastoral da Criança da Bahia, realizada nesta quinta-feira (1), na Assembleia Legislativa. Presidida pelo autor da sessão, o deputado estadual Yulo Oiticica (PT), o encontro reuniu autoridades e a comunidade católica do estado.

 
“A semente da transformação social da Pastoral da Criança no Brasil foi plantada inicialmente, no Paraná, quando Dom Paulo Evaristo Arns, entregou a missão de condução da Pastoral a sua irmã, a Dra. Zilda Arns Neumann, sob a supervisão da CNBB, que indicou Dom Geraldo Majella Agnelo, na época Arcebispo de Londrina, para coordenar os trabalhos da Pastoral da Criança”, lembrou Yulo.

 O secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro, representou o governador Jaques Wagner e destacou o trabalho desenvolvido pelas pastorais no estado e no país. “O Brasil é referência para outros países. Em parceria com as pastorais, elaboramos políticas públicas para redução da mortalidade materna e da pobreza, com programas como Direito a Alimentação Adequada, Restaurante Popular (com duas unidades uma no Comercio e Liberdade e a implantação de mais duas em Cajazeiras e Subúrbio), Fome Zero e o Bolsa Família, maior programa de erradicação da fome no Brasil.

Representando o arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, o arcebispo auxiliar, Gregório Paixão, lembrou que a história da Pastoral é marcada por conquistas. “São 25 anos resgatando e salvando vidas. Na Bahia, a Pastoral da Criança conta com apoio de uma rede de solidariedade de voluntários, que realizam atendimento as crianças. Recebemos essa homenagem com grande satisfação”, pontuou.

De acordo com o coordenador estadual da Pastoral da Criança, Cosme Oliveira, a Bahia possui mais 12 mil voluntários. “Há 20 anos, a mortalidade materna atingia mil pessoas por ano na Bahia, hoje reduzimos esse índice para apenas oito pessoas. Mudamos esses índices graças ao trabalho do maior exemplo que temos nesta área, a nossa grande e eterna, Zilda Arns, a mensageira da paz”, lembrou emocionado.