:: 26/maio/2011 . 16:09
O ADEUS AO JEQUITIBÁ-REI
A Prefeitura de Camacan perpetrou uma barbaridade ao derrubar, sem dó nem piedade, um jequitibá-rei de mais de 500 anos.
A alegação para a derrubada foi que as raízes da árvore estavam comprometendo a estrutura das casas vizinhas.
Tudo muito bom, tudo muito bem, não fosse o detalhe de que a árvore já estava lá quando as residências foram construídas, na típica falta de planejamento urbano.
O jequitibá é a árvore símbolo da região e sob suas copas generosas, brotaram milhões de cacaueiros que fizeram a história e movimentaram a economia do Sul da Bahia.
O produtor rural Euvaldo Maia Filho fez o que pode para evitar a derrubada do Jequitibá, mas sua luta foi em vão. “A ignorância não permitiu enxergar, que não estavam protegendo pessoas mais sim dificultando o desenvolvimento sustentável, e pior, dando um péssimo exemplo de descaso ambiental a população”, lamentou Euvaldo.
Como não ia sair na Rede Globo nem afeta os negócios de uma empresa de perfumes e cosméticos, o jequitibá-rei não teve direito a um abraço de ambientalistas. Com isso, vai-se um pouco da nossa floresta viva.
Triste.
NEGÓCIO DA CHINA, MAS SÓ PARA OS CHINESES
Tem que ir além do tradicional blá blá blá a discussão em torno da crise que afeta o Polo Calçadista da região de Itapetinga, no Sul da Bahia.
A concorrência desleal de calçados fabricados na China pode fazer com que a Azeléia diminua ou suspenda sua produção na região.
Para se ter uma idéia do impacto que isso significaria, Itapetinga tem 70 mil habitantes e a fábrica da Azaléia lá gera 12 mil empregos. A Azaléia também mantém unidades em Itororó, Firmino Alves e Potiraguá, onde também é a principal empregadora.
Políticos, empresários, trabalhadores e a sociedade organizada têm que promover uma ampla mobilização para manter a Azaléia em pleno funcionamento.
Fechar fábricas na região sudoeste e transferir a produção para a Ásia, como se ventila, pode ser um negócio da China, mas só para os chineses.
Para nós seria simplesmente uma sapatada catasfrófica.
Bahia atinge safra recorde de grãos
A Bahia bate novo recorde na produção de grãos, atingindo à marca de 7,3 milhões de toneladas na safra 2010/11. Esse volume supera em 7,21% a safra passada, de 6,8 milhões de toneladas. A safra nacional de grãos alcançou a marca de 159,5 milhões de toneladas, com aumento de 6,9%, em relação à safra 2009/10, ou seja, 0,4% menor do que o crescimento registrado na Bahia, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento, Conab.
O crescimento alcançado na última safra deve-se a excelente produtividade dos grãos, ampliação das áreas de cultivo que passou de 2.917 milhões de hectares em 2009/10 para 3.013 milhões de hectares 2010/11, condições favoráveis de clima, e adoção de novas tecnologias. Entre as principais culturas agrícolas na Bahia estão à soja com 3,6 milhões de toneladas, o milho com 2,1 milhões de toneladas e o algodão em caroço com 1,5 milhões de toneladas.
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