:: abr/2011
Imprensa do mal
Omar Nasser Filho*
A Editora Abril passou dos limites. Em matéria de capa da edição lançada na semana do dia 4 de abril último, afirma com todas as letras que “O terrorismo finca raízes no Brasil”. Trata-se, a dita “reportagem”, de uma iniciativa altamente perigosa, condenável, inconsequente, irresponsável e temerária, pois coloca sob suspeição uma comunidade composta por milhares, talvez milhões, de árabes, seus descendentes e revertidos brasileiros que professam a nobre, pacifista e humanista Religião Islâmica em nosso país.
Trata-se de um ato claro de disseminação do preconceito, baseada em meias-verdades, fatos descontextualizados, acontecimentos relatados de maneira parcial e, como é do feitio de Veja, mentiras puras e simples.
Trata-se, igualmente, a matéria, de ato extremamente grave, pois atenta contra a integridade moral e, no limite, física, de cidadãos brasileiros e imigrantes muçulmanos que adotaram o Brasil como pátria, cidadãos pacíficos e cumpridores de seus deveres, pagadores de impostos e eleitores, cidadãos de um Estado de Direito que não podem ser ofendidos em seus valores e não podem ter atacado de maneira tão torpe o seu direito de professar uma fé. Atos como o de Veja criam clima propício de animosidade contra os muçulmanos, que convivem harmonicamente no Brasil com diferentes grupos étnicos e confissões religiosas que habitam nosso país
Lembremos que os cristãos no Império Romano foram vítimas de campanhas difamatórias. No limite das perseguições que sofreram por parte do poder pagão de Roma, foram lançados ao fogo e atirados às feras; na Alemanha da década de 1940, o assassinato de judeus foi precedido de uma ampla campanha difamatória lançada pela máquina de propaganda nazista, que fez exatamente o que Veja e o Grupo Abril fazem agora: construir uma imagem extremamente negativa de um grupo étnico e religioso que, no entender de Veja e dos grupos cujos interesses inconfessáveis defende, é considerado “inconveniente”.
Temos esposas, filhos netos e, talvez, alguns muçulmanos que vivem no Brasil tenham sido agraciados com a bênção de ter bisnetos vivendo nesta terra abençoada, muito distante do terrorismo praticado, por exemplo, pelos sionistas homiziados na Palestina. Não podemos admitir que Veja e o Grupo Abril continuem a agir impunemente, lançando aleivosias, suspeitas mal-fundadas e disseminando o preconceito contra os muçulmanos e quaisquer grupos étnicos e religiosos que vivem no Brasil, sob pena de nós e nossos filhos, nossos netos e bisnetos, serem, daqui a pouco, apontados nas ruas, tornar-se alvo de atos de violência, nossas casas serem pixadas, apedrejadas, nossas mesquitas e lojas queimadas e nossos cemitérios violados!!
As entidades islâmicas e as organizações de defesa dos direitos humanos de todo o Brasil devem acionar nossos representantes nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, na Câmara e no Senado Federal, para que sejam votadas moções de desagravo aos muçulmanos brasileiros! As entidades islâmicas e as organizações de defesa dos direitos humanos de todo o Brasil devem mostrar a Veja e à Editora Abril o erro terrível que cometem ao disseminar o preconceito contra quem quer que seja.
*Omar Nasser Filho é jornalista, economista e mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)
TEM LADRÃO ROUBANDO LADRÃO

Deu no UOL: Um homem ainda não identificado pela polícia foi assaltado enquanto roubava o carro de um casal, na noite deste domingo (17), na zona norte de Porto Alegre (RS). Um publicitário de 20 anos, acompanhado de sua namorada, estacionava o carro, quando um homem armado com um revólver 38 rendeu o casal.
Durante a abordagem, um Prisma escuro se aproximou e três homens armados abordaram as vítimas e, junto com elas, o primeiro ladrão. A Ecosport do casal e o revólver do assaltante foram levados.
Assustado, o ladrão fugiu a pé. O publicitário, levado pelo trio de assaltantes, foi liberado a poucos quilômetros do local.
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Quando digo que é tanto ladrão que tem que criar um sindicato pra fazer “escala de trabalho”, acham que eu exagero…
Conselho para quem pede
Diz um adágio do povo: “água e conselho se dá a quem pede”. Sobre o acesso a água é demais conhecido o pedido e há um exitoso programa do governo, o Água para Todos, em execução. Sobre conselho, uso o trocadilho para falar da regulamentação do Conselho Estadual de Comunicação Social, em tramitação na Assembléia Legislativa.
Os Deputados Estaduais aprovaram na Constituição baiana, em 1989, o artigo 277, §2º, que diz: “O Conselho de Comunicação Social, que formulará a política de comunicação social do Estado, terá sua competência e composição estabelecidas em lei”. Portanto, o pedido do Conselho é antigo.
De lá pra cá muita coisa mudou. Presenciamos a uma revolução tecnológica que alterou definitivamente a maneira de comunicação entre as pessoas em todo mundo. O computador, o celular, a câmera e a TV, ou estamos falando da mesma coisa, ditam a era digital. A internet revolucionou a forma de produção e consumo da informação.
Por outro lado, vivemos o mais longo período de continuidade democrática na república brasileira. As políticas públicas na democracia são produzidas com participação social. A regulamentação desse Conselho vem respaldada na compreensão que a informação e a comunicação pertencem à categoria dos direitos sociais e se inserem na atividade econômica do estado.
Órgão auxiliar do governo, o Conselho terá a competência de formular políticas públicas para comunicação social: fortalecimento do mercado, como o aumento da produção regional; ampliação da inclusão digital; apoio a comunicação comunitária e a comercial no interior da Bahia; diretrizes para o investimento publicitário, entre outras ações.
Nascido nas esteiras da lutas sociais e democráticas, o governo Wagner tem o compromisso com a irrestrita liberdade de expressão. Liberdade para todos. Pra quem produz e pra quem consome notícias. Da nossa parte, está atendido ao pedido de Conselho, solicitado há 22 anos. Como diz outro ditado popular, “antes tarde do que nunca”.
Robinson Almeida é Assessor Geral de
Comunicação Social do Governo da Bahia
Secretário da Agricultura discute reivindicações com MST

O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, que retornou neste fim de semana da República Popular da China, onde realizou importante missão de negócios acompanhado o governador Jaques Wagner e a comitiva da presidenta Dilma Rousseff, reúne-se hoje (18), com o secretário de Relações Institucionais, César Lisboa, e com a liderança do MST, com a expectativa de que as negociações sejam concluídas nesta segunda-feira.
No domingo, (17), acompanhado pelo superintendente de Agricultura Familiar, Wilson Dias, Salles esteve no acampamento que o movimento montou em volta da secretaria, e dialogou com o líder do MST, Márcio Matos, sobre a pauta de negociações e os avanços obtidos até agora. “A pauta é ampla e envolve também o governo federal, mas creio que estamos encontrando os caminhos para as soluções”, disse ele.
A GLOBO TEM SAUDADES DOS CASSETETES DE ACM

Com aquele ar de gravidade que só o Casal 45 sabe fazer quando de trata de atingir um governo do PT, o Jornal Nacional veiculou uma reportagem mostrando que o Governo da Bahia está gastando dinheiro público para alimentar integrantes dos movimentos de sem terras e assentados, que estão acampados na área externa na Secretaria de Agricultura, no Centro Administrativo.
Só com a compra de carne já foram gastos cerca de 30 mil reais, bradou reportagem. Além dos banheiros químicos, como se essa gente, devidamente alimentada, tivesse que fazer suas necessidades no meio da rua.
Ponto 1: 30 mil reais é nada, perto dos milhões que a Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, recebia em governos anteriores, ficando com a quase totalidade das verbas oficiais. Época em que, concidentemente, a Bahia era governada pelo chefão da Rede ou um de seus estafetas.
Ponto: será que a Globo/Rede Bahia sente saudades dos tempos de ACM, quando integrantes dos movimentos sociais que ousavam se manifestar no Centro Administrativo eram recebidos a golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo?
Práticas que, se esse blogueiro anda com a memória em dia, nunca mereceram míseros segundos no JN.
TIO DANI RECOMENDA
Uma excelente dica de leitura para o final de semana: o livro “A Sombra do Vento”, do espanhol Carlos Ruiz Zafon.
Ambientada na sombria Barcelona da primeira metade do século XX, saindo dos horrores da guerra civil para a ainda mais horrorosa ditadura de Franco, a obra conta a história de um adolescente, Daniel Sempere, filho de um livreiro, que ao se deparar com o livro de um autor maldito, Julian Carax, se envolve numa história de mistério e descoberta do amor.
A busca de Daniel pela outras obras de Carax acaba trombando com a história –e as desventuras- do próprio Carax, que em certa medida se vê em Daniel e vice versa.
Imperdível.
O Governo da Bahia desata um nó

Há três anos a população ilheense e do Sul da Bahia como um todo assiste a um debate que muitas vezes desprezou o bom senso. A batalha entre supostos defensores do meio ambiente e aqueles que vêem no Complexo Intermodal Porto Sul uma chance única de fazer desta uma região desenvolvida vinha perdendo o rumo. Tornou-se uma discussão que beirou o radicalismo de árabes e israelenses ou das torcidas organizadas de Flamengo e Vasco ou Corinthians e São Paulo.
Do lado dos defensores do Complexo Intermodal, sempre pairou a suspeita de que havia interesses inconfessáveis determinando o rumo da prosa. Ligações com esquemas empresariais poderosos e grupos políticos de outros estados se revelaram, não raro, de forma escancarada.
Havia os autênticos defensores do meio ambiente, é lógico, mas entre os “verdes”, os de maior poder de manipulação nunca tiveram nada de mocinhos, apesar do discurso cativante e das expressões de frades franciscanos.
Enquanto o radicalismo empobrecia o debate, as instituições mostravam seu amadurecimento. Em novembro do ano passado, o Ibama emitiu parecer que apontava a necessidade de novos estudos, a verificação minuciosa de possíveis alternativas à Ponta da Tulha para a construção do Porto Sul. E não o fez por pressão de quem quer que seja, mas por cumprimento da lei e de um dever institucional.
Haverá quem se arvore em pai da mudança da localização do porto para Aritaguá e ainda terá quem se posicione contrário ao projeto, argumentando que Ilhéus deve se dedicar única e exclusivamente ao turismo e ao cacau, como se essas atividades, embora viáveis, dessem conta de todas as demandas existentes na região.
Jamais se deve duvidar da capacidade da estupidez humana e a prova disso é que ainda existe quem defenda o retorno da região à monocultura cacaueira. Como se fosse possível e aceitável que o Sul da Bahia voltasse a depender de uma única fonte de riqueza, cuja inviabilidade socioeconômica a vassoura-de-bruxa deixou tristemente estampada. Um tiro certeiro no bom senso.
O fato é que a região tem o cavalo selado e não pode desperdiçar essa oportunidade de sair do marasmo. A mudança para Aritaguá, atendendo critérios técnicos, mostra que o Governo está no melhor caminho, o que busca harmonizar viabilidade econômica e menor impacto ambiental. São itens que estão entre os princípios da sustentabilidade, que se pauta no equilíbrio.
Dessa vez, ao que tudo indica, o maior empreendimento do sul da Bahia nos últimos 30 anos está a um passo de se tornar realidade. E não há mais espaço para discussões de arquibancada, embora as aves agourentas continuem por aí, sempre torcendo contra e sem apresentar qualquer alternativa que possa ser levada a sério.
Os abutres -e não necessariamente a natureza- serão as vítimas de um empreendimento que esperamos seja irreversível e que trará um novo e duradouro ciclo de desenvolvimento para o Sul da Bahia e sua gente.
A GLOBO, DE NOVO CONTRA O SUL DA BAHIA
O Governo da Bahia, numa demonstração de responsabilidade ambiental, mudou a área do Porto Sul para Aritaguá, um local onde os impactos serão mínimos.
Mas não é que o Jornal da Globo veicula uma matéria passando a idéia de que o “belo litoral do Sul da Bahia”, como disse o apresentador Willian Wack reforçando o inusitado adjetivo, continua sendo ameaçado pelo Porto Sul.
E tome imagens de praia, rios, matas, pescadores e vilarejos bucólicos.
E tome a participação de Rui Rocha, que de tão freqüente no noticiário global, já deve ter até crachá de funcionário da emissora.
Afinal, qual a verdadeira natureza dos interesses globais contra o Porto Sul e a Ferrovia Oeste Leste?
GOVERNO DA BAHIA DEFINE NOVA ÁREA PARA O PORTO SUL

Com a evolução e o aprofundamento dos estudos ambientais, o Governo da Bahia decidiu alterar o local onde será implantado o Complexo Portuário e de Serviços Porto Sul. Em decreto que será publicado nesta terça-feira (12) no Diário Oficial, o Estado declara de utilidade pública uma área de 48.333.024,72 m2 (4.830 hectares), na margem esquerda da BA-001 (sentido Ilhéus – Itacaré), na localidade de Aritaguá, em Ilhéus.
Mantendo uma diretriz do Governo de promover o desenvolvimento com sustentabilidade e atendendo a uma orientação do IBAMA, a administração estadual optou por redirecionar os estudos para a nova área.
Dentre os motivos determinantes para a mudança da localidade destinada ao projeto estão a ausência de corais e recifes no trecho de mar em frente à nova área escolhida e de fragmentos em processo de regeneração de Mata Atlântica, bem como menor complexidade de fauna.
“Depois do aprofundamento dos estudos, foi possível ter elementos mais apurados para uma reavaliação da área, e mesmo encarecendo o projeto, fizemos a opção por conta de uma melhor solução ambiental”, afirmou a secretária da Casa Civil, Eva Chiavon
Ainda de acordo com ela, o Governo da Bahia tem uma postura de compromisso com as instituições e com a autonomia das instâncias que regulam a concessão de licenças ambientais
“O Governo da Bahia tem tido preocupação com as questões ambientais e essa solução é resultado de grandes debates das áreas técnicas”, disse Chiavon.
VOCÊS QUEREM BACALHAU?

Dólar barato, real valorizado.
Preço da carne bovina nas alturas.
Eis que, até nos restaurantes de comida ao quilo é possível saborear um delicioso bacalhau, a preço mais do que convidativo.
E olha que esse blogueiro é do tempo em que a gente só via bacalhau no programa do Chacrinha.
E em preto e branco.













