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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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GOTAS DE SABEDORIA













GAGO, MAS ESPERTO…


Em Limeira, no interior de São Paulo, um ladrão gago resolveu inovar: mostrou um bilhete escrito “isso é um assalto”, ao frentista de um posto de gasolina.

O frentista achou que era brincadeira, mas diante de um revólver, se convenceu que a coisa era séria e entregou o dinheiro.

Ao fugir, o ladrão gago ainda deixou o bilhete com o frentista.

Praticidade é isso: imagine o trabalhão que é anunciar:

– I i i i i sss sssso é u u u um aaaa ssssa ssssaaaa sssassssa lllll to to to to…

Dava até tempo da policia chegar.

Em Itabuna, sei não se dava, mas de de de i i dei dei deixa pra lá.

ZÉ ALENCAR, O ETERNO


O Brasil perde José Alencar, ex-vice presidente da República.

Ele perdeu a luta de mais de uma década contra o câncer, mas passa à história como um vitorioso.

Um exemplo de persistência, fé, obstinação, lealdade e otimismo.

Com seu sorriso, José Alencar é eterno.

Indiana Jones e o marco perdido


Diante do impasse criado em torno do marco divisório que define os limites entre Ilhéus e Itabuna, esquecido em meio à mata durante quase um século, autoridades dos dois municípios decidiram, em comum acordo, convocar Indiana Jones para a difícil missão.

Afinal, a pendenga, gerada por conta da inauguração de dois grandes hipermercados numa área que fica colada a Itabuna, mas que originariamente está dentro dos limites de Ilhéus, periga descambar para uma guerra que já estava começando a superar a fase das palavras duras de lado a lado para resultar numa saraivada de jacas e caranguejos, ressuscitando uma rivalidade histórica, simbolizada pelo futebol.

Isso, claro, nos tempos em que os times profissionais de Itabuna e Ilhéus jogavam futebol.

Indiana Jones, capaz de desvendar os mais incríveis mistérios da arqueologia, era a pessoa ideal para colocar fim a uma questão que ameaçava se arrastar por meses ou até anos.

Tudo bem que o tal Jones anda meio entrevado, fora de forma, semi-aposentado, mas o que é um marco divisório para quem já encontrou arcas perdidas e monumentos pré-históricos nos confins do planeta?

Acerto fechado, nenhum problema quanto ao local do desembarque. Foi no aeroporto de Ilhéus mesmo, embora alguns itabunenses achassem que com um pouco de boa vontade dava para pousar no aeroporto local, desde que os urubus fossem devidamente convencidos a dar uma pausa no lazer diário.

Hospedagem?

-Claro que ele vai ficar no hotel em que até o presidente Lula se hospedou!, exultaram os ilheenses.
-Nada disso, ele vai ficar no hotel com visão para o rio mais lindo do mundo e ainda por cima o dono é medico, pra qualquer eventualidade!, rechaçaram os itabunenses.

E, pra evitar que começasse com uma nova briga, lá foi o pobre Indiana Jones aboletar-se numa pousada na beira de um lago em Itajuípe.

A estratégia não impediu que, durante a noite e- felizmente- em horários diferentes, Indiana fosse visitado pelos prefeitos de Itabuna e Ilhéus, acompanhados de um discreto assessor.

-Diga que o marco beneficia Itabuna que eu te dou uma Bolsa Alimentação, carteira de motorista grátis e um terreno para você fazer sua rocinha; disse o alcaide ao bravo explorador.
-Prefeito, isso o senhor já prometeu pra 50 mil pessoas na eleição passada, acha que o Indiana vai cair nessa?, lembrou o assessor.
-Então dou o nome dele pra nossa ponte espalhada…
-É espraiada, prefeito, espraiada…
-Olha que último que prometeu praia em Itabuna se ferrou…

Indiana, coitado, não entendeu nada e entendeu menos ainda quando chegou o prefeito de Ilhéus.
Esse mais modesto, falou que se elegeu graças ao “arroz com feijão”, mas que se Indiana confirmasse os limites atuais, iria melhorar o cardápio e convidá-lo para o regabofe.
-Prefeito, isso o senhor prometeu ao povo de Ilhéus. E, cá pra nós, o pessoal tá é a pão e água. Quando chove, então, aí é que é água mesmo.
-Então prometo entrada grátis no Estádio Mario Pessoa, para ele ver os jogos do Colo Colo…
´Ô prefeito, com uma proposta dessas, parece que o senhor está ao lado dos itabunenses…

Quando finalmente pensou que iria dormir, foi acordado por um grupo de ambientalistas:

-Não ache marco nenhum, vamos transformar Itabuna e Ilhéus numa grande floresta, abaixo o Porto Sul, abaixo a Ferrovia Oeste-Leste, abaixo os supermercados, viva a Natura, viva a Rede Globo!!!

Indiana Jones falou algo como “fuqui iorselfi” para a turma e finalmente descansou.


Haveria uma longa batalha pela frente.

Longa batalha pela frente? Não para Indiana Jones!

Devidamente escudado pelos prefeitos, secretários, assessores e um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas, Indiana percorreu um pequeno trecho de mata, olhou alguns blocos de cimento com inscrições numa língua que ele não entendia, atirou num cipó pensando que era uma cobra, se atracou com uma garça pensando que era um pterossauro, afundou numa poça de esgoto no Rio Cachoeira pensando que estava sendo tragado para as profundezas da terra e quase avançou sobre um grupo de pescadores, confundindo-os com índios selvagens.

(Tá bom, é exagero, mas Indiana Jones sem cenas de ação não é Indiana Jones)

Em menos de duas horas, fez-se a luz. Melhor dizendo, acabou-se a mata e o grupo se viu diante de um clarão.

-No problem, no problem. Mim achou o solução da pobrema, sou retado mesmo, porra!, disse Indiana Jones, misturando inglês, português e baianês.

E ainda vez troça com o grupo:

-Vocês devem ser cegos. Me trazer dos esteites para achar uma coisa dessa tamanhão, no beira da estrada.

Gran finale:

-Vocês queriam achar o Makro, ai está o Makro… eu vai aproveitar o dinheiro que ganhei pra fazer uns comprinhas lá…

Além de fora de forma, o velho Indiana também anda meio surdo. Pediram para ele encontrar o marco e ele entendeu Makro.

Alguém do quinto escalão, não se sabe se de Ilhéus ou Itabuna, ainda sugeriu a contratação do Super Homem e da Mulher Maravilha. “Vai que por acaso ele ´fogem´ bem em cima do marco de verdade”, disse, talvez falando sério ou rindo daquela situação por si só já por demais ridícula.

Quase foi atacadão pela turba ensandecida.

Nesses tempos de marketing até na ficção, o concorrente não poderia ficar fora dessa história.

Que ainda está longe de terminar…

ROGÉRIO 100NI


São Paulo 2×1 Corinthians.

Nada como matar dois gambás como uma paulada só.

Além de um gol histórico, o fim de uma freguesia que já estava enchendo o saco.

100 vezes Rogério Ceni, o maior goleiro artilheiro do mundo.

INDIANA JONES E O MARCO PERDIDO


SUSPENSE, EMOÇÃO, AVENTURA, AÇÃO E UM FINAL SURPREENDENTE.

INDIANA JONES É CONTRATADO PARA ESCLARECER A DISPUTA TERRITORIAL ENTRE ILHÉUS E ITABUNA.

NÃO PERCA NA EDIÇÃO DESTE FINAL DE SEMANA, DA REVISTA CONTUDO !!!

Águas de Março


Itabuna e Ilhéus sentem os impactos das chamadas águas de março, que levam o verão e trazem problemas em localidades onde a falta de infra-estrutura e ausência total de planejamento, sem contar os cuidados mais simples, criam áreas de risco para os moradores.

No caso de Itabuna e Ilhéus, a ocupação desenfreada e não raro irregular de morros e locais sem qualquer estrutura urbana se deu especialmente a partir do final da década de 80, quando milhares de famílias expulsas do meio rural por conta do desemprego em massa gerado pela vassoura-de-bruxa migraram para as duas cidades.

Naquele tempo, já não havia mais qualquer ilusão quanto a um eventual Eldorado Paulista, destino natural de milhões de nordestinos, que na primeira metade do século passado partiam em busca de uma vida melhor, que nem sempre encontravam.

A crise gerada pela vassoura-de-bruxa empurrou essas famílias para Ilhéus e Itabuna. Sem recursos, a saída foi a ocupação e morros e mangues ilheenses e da periferia itabunense.

Criaram-se, então, não apenas bolsões de miséria (relativamente reduzidos pelas políticas sociais do Governo Federal), mas também áreas expostas às intempéries da natureza.

Quando chove com maior intensidade, ocorrem os deslizamentos e a destruição de moradias quase sempre precárias. Vidas se perdem, como ocorreu recentemente em Itabuna. Quem mora nos morros, sabe que pode perder tudo a qualquer momento, mas ainda assim se recusa a sair.

Um problema crônico de falta de planejamento que, dada a situação, só se resolve com a execução de obras de contenção de encostas ou, nas situações mais extremas, a remoção dessas famílias para conjuntos habitacionais.

Isso demanda em investimentos elevados, dois quais os municípios não dispõe de recursos.

No caso dos alagamentos, salvo nas chuvas torrenciais, que não ocorreram até agora, o que falta mesmo é cuidado básico, simples e barato, como a limpeza das bocas de lobo. Isso não demanda tanto recurso, mas um mínimo que seja de vontade de trabalhar e realizar o trabalho preventivo.

A limpeza das bocas de lobo evitaria os alagamentos registrados no centro de Itabuna e Ilhéus, trazendo transtornos para motoristas, lojistas e a população em geral.

Aqui, não se pode imputar a culpa à natureza.

É descaso mesmo.

ITABUNA DESISTE DE ADRIANO, ALAN BIQUE E JOHNNIE WALKER


Como o Corinthians deve anunciar a qualquer momento a contratação de Adriano, o Itabuna está retirando a proposta para que o atacante defenda o azulino no Campeonato Baiano da 2ª. Divisão.

Sem Adriano, o Itabuna também não irá contratar o promissor Alan Bique, de Itarantim, nem Johnnie Walker, atacante escocês, com jeito de paraguaio.

Alan Bique e Johnnie Walker só viriam se fosse para compor o ataque com Adriano.

Também está descartado o patrocínio da Caninha 51.

No final da garrafa, tudo não passou apenas de uma boa idéia.

Sindicato dos Ladrões


A onda de violência que assola o eixo Ilhéus-Itabuna, com sete assassinatos no último final de semana, além do banho de sangue que eleva o índice de homicídios à estratosfera, acaba produzindo situações, digamos, inusitadas.

Tome-se, por exemplo, um assalto à ônibus ocorrido na linha Itabuna-Barro Preto.

Assaltos a ônibus, assim como furtos, roubos e arrombamentos raramente merecem registro, diante da profusão de assassinatos. As vítimas, muitas vezes, nem se dão ao trabalho de prestar queixa. É pura perda e tempo e chateação.

Mas o assalto em questão chama a atenção pela situação em que se deu, digna de entrar para o anedotário, não fosse o fato de que a explosão da criminalidade não tem graça alguma, muito pelo contrário.

O citado ônibus seguia sua trajetória normal junto à outrora pacata Barro Preto. Num determinado ponto, entraram três rapazes. Mais outro ponto e entram mais três rapazes. Simples passageiros nessa profissão onde, como na vida, tudo é passageiro, menos o motorista e o cobrador.

(Um parêntese: em algumas linhas até o cobrador tornou-se dispensável. Sua função é acumulada pelo motorista. Isso, enquanto não inventam ônibus dirigidos por robôs).

Voltemos ao ônibus.

Três rapazes nos bancos de trás, três rapazes nos bancos da frente, os passageiros não vendo a hora de chegar em casa, para o merecido descanso.

Eis que, subvertem-se até os chavões. Nem tudo no ônibus é passageiro, motorista ou cobrador.

Num trecho de pouco movimento, três dos rapazes, armados de facas e revólveres, anunciam o assalto.

“Mais um assalto”, devem ter pensado os passageiros, o motorista e o cobrador, já pensando na aporrinhação do registro da ocorrência.

Não era apenas “mais um assalto”, posto que veio o inacreditável: assim que os três primeiros rapazes anunciaram o assalto, os outros três rapazes, igualmente armados de facas e revólveres também anunciaram o assalto.

Numa dessas coincidências absurdas, que apenas reforçam a que ponto chegaram os índices de criminalidade, duas quadrilhas que não se conheciam decidiram assaltar o mesmo ônibus.

Poderia ter havido uma disputa pela primazia do assalto, com tiroteio e conseqüências trágicas. Mas os marginais foram de uma nobreza de nobre inglês.

Chegaram a um acordo e socializaram o produto da rapinagem: 350 reais da empresa de ônibus e minguados 14 reais dos passageiros, além de telefones celulares.

Moral da história: é tanto bandido que vão ter que criar uma escala para os assaltos, coordenada por um hipotético Sindicato dos Ladrões.

Imoral da história: duas quadrilhas assaltando o mesmo ônibus chega a ser pitoresco, mas os assassinatos em série e essa onda de insana de violência precisa de um basta.

Porque não tem nada de passageira…





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