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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 19/abr/2011 . 10:41

A Educação é a maior (e única) arma

“Ô tia, bom mesmo foi a pena que o juiz me deu. Lá a gente tem que cuidar de jardim, limpar as salas, mas tem lanche e joga bola. Muito melhor do que essa porcaria de aula, que não serve pra porra nenhuma”.

A frase acima é de autoria de um menino de 16 anos, aluno da oitava série do ensino fundamental numa escola da periferia de Ilhéus e foi dita em voz alta, para a professora e para quem mais quisesse ouvir.

Poderia ter acontecido na periferia de Itabuna, não faz diferença.

O aluno, detido pela polícia por cometer pequenos furtos, referia-se às chamadas medidas socioeducativas, impostas pela Justiça, em ocorrências que dispensam o internamento em instituições que, muitas vezes, funcionam mais como escolas do crime, espécie de pré-vestibular para a bandidagem.

As medidas socioeducativas permitem que, mantido no convívio com a família e acompanhando por uma equipe multidisciplinar que inclui educadores, assistentes sociais e psicólogos, o menor que cometeu ato infracional possa ser ressocializado.

Na maioria dos casos dá certo, contribuindo para que meninos e meninos revertam o caminho inevitável do crime e levem uma vida digna.

Em outros, nem tanto.

A sensação do aluno que acha a medida socioeducativa é um piquenique e entende que estudar é perda de tempo, encontra ressonância e muitas outras escolas, onde é tênue e facilmente o muro frágil que separa a educação da criminalidade.

Quem é profissional de educação conhece, perfeitamente, essa dura e ameaçadora realidade.

Professores e funcionários das escolas são ameaçados e às vezes até agredidos por alunos. Alguns estudantes chegam a exibir armas, como quem exibe um diploma ou um boletim repleto de notas 10.

O tráfico de drogas é feito quase abertamente nas proximidades das escolas. Do vício, estudantes passam a soldadinhos do tráfico, vítimas fáceis e fatais dessa guerra cotidiana.

Seria suficiente para desanimar, jogar a toalha e achar que as coisas não têm mesmo jeito?

Que estudar é uma porcaria que não serve para nada?

Ao contrário, situações como essas devem servir de estímulo para que os profissionais envolvidos com a educação e a sociedade como um todo encarem o desafio de fazer da escola uma porta de acesso para a cidadania e a inclusão.

Não á tarefa fácil, envolve políticas públicas, força de vontade e mobilização.

Mas é a principal, senão a única, arma para evitar que meninos e meninas troquem a caneta pelo revólver e o livro pela droga.

Imprensa do mal

Omar Nasser Filho*
A Editora Abril passou dos limites. Em matéria de capa da edição lançada na semana do dia 4 de abril último, afirma com todas as letras que “O terrorismo finca raízes no Brasil”. Trata-se, a dita “reportagem”, de uma iniciativa altamente perigosa, condenável, inconsequente, irresponsável e temerária, pois coloca sob suspeição uma comunidade composta por milhares, talvez milhões, de árabes, seus descendentes e revertidos brasileiros que professam a nobre, pacifista e humanista Religião Islâmica em nosso país.

Trata-se de um ato claro de disseminação do preconceito, baseada em meias-verdades, fatos descontextualizados, acontecimentos relatados de maneira parcial e, como é do feitio de Veja, mentiras puras e simples.

Trata-se, igualmente, a matéria, de ato extremamente grave, pois atenta contra a integridade moral e, no limite, física, de cidadãos brasileiros e imigrantes muçulmanos que adotaram o Brasil como pátria, cidadãos pacíficos e cumpridores de seus deveres, pagadores de impostos e eleitores, cidadãos de um Estado de Direito que não podem ser ofendidos em seus valores e não podem ter atacado de maneira tão torpe o seu direito de professar uma fé. Atos como o de Veja criam clima propício de animosidade contra os muçulmanos, que convivem harmonicamente no Brasil com diferentes grupos étnicos e confissões religiosas que habitam nosso país

Lembremos que os cristãos no Império Romano foram vítimas de campanhas difamatórias. No limite das perseguições que sofreram por parte do poder pagão de Roma, foram lançados ao fogo e atirados às feras; na Alemanha da década de 1940, o assassinato de judeus foi precedido de uma ampla campanha difamatória lançada pela máquina de propaganda nazista, que fez exatamente o que Veja e o Grupo Abril fazem agora: construir uma imagem extremamente negativa de um grupo étnico e religioso que, no entender de Veja e dos grupos cujos interesses inconfessáveis defende, é considerado “inconveniente”.

Temos esposas, filhos netos e, talvez, alguns muçulmanos que vivem no Brasil tenham sido agraciados com a bênção de ter bisnetos vivendo nesta terra abençoada, muito distante do terrorismo praticado, por exemplo, pelos sionistas homiziados na Palestina. Não podemos admitir que Veja e o Grupo Abril continuem a agir impunemente, lançando aleivosias, suspeitas mal-fundadas e disseminando o preconceito contra os muçulmanos e quaisquer grupos étnicos e religiosos que vivem no Brasil, sob pena de nós e nossos filhos, nossos netos e bisnetos, serem, daqui a pouco, apontados nas ruas, tornar-se alvo de atos de violência, nossas casas serem pixadas, apedrejadas, nossas mesquitas e lojas queimadas e nossos cemitérios violados!!

As entidades islâmicas e as organizações de defesa dos direitos humanos de todo o Brasil devem acionar nossos representantes nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, na Câmara e no Senado Federal, para que sejam votadas moções de desagravo aos muçulmanos brasileiros! As entidades islâmicas e as organizações de defesa dos direitos humanos de todo o Brasil devem mostrar a Veja e à Editora Abril o erro terrível que cometem ao disseminar o preconceito contra quem quer que seja.

*Omar Nasser Filho é jornalista, economista e mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)





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