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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 16/dez/2010 . 14:39

LULA SAI PELA PORTA DA FRENTE


Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quinta-feira (16), em Brasília, mostra que o governo Lula encerra seu mandato com recorde de avaliação positiva: 80%. Na avaliação anterior, o percentual era de 77%.

A aprovação pessoal do presidente também apresentou recorde histórico, com 87% de aprovação – o maior desde 2003. Na pesquisa anterior, a avaliação pessoal positiva de Lula chegou a 85%.

Segundo a CNI/ Ibope, a avaliação positiva do presidente cresceu em todas as regiões do país: no Nordeste (de 92% para 95%), no Norte e Centro-Oeste (de 88% para 90%), Sudeste (de 81% para 85%) e Sul (de 78% para 80%).

Com relação à aprovação do governo, o Nordeste continua sendo a região com melhor avaliação: 86% da população considera o governo do petista como “bom” ou “ótimo”; seguido das regiões Norte e Centro-Oeste (81%); Sudeste (78%) e Sul (75%).

O índice de confiança na figura do presidente também teve elevação: de 81% contra 76% na pesquisa anterior de setembro.

Minha casa, minha vida

Pelo menos não se acuse Tiririca de falta de sinceridade.

Depois de visitar o Congresso Nacional, onde passará a dar expediente a partir de fevereiro como o deputado federal mais votado do país, um repórter lhe perguntou:

-Qual será seu primeiro projeto?

E Tiririca, sem pestanejar:

-Comprar um apartamento.

“E vai rolar a grana, vai rolar, que o deputado mandou desviar…”


Nem o chamado espírito natalino ou a mudança de governo, que não muda tanto assim, contém a volúpia com que uma significativa parcela dos nossos políticos avança sobre os cofres públicos.

Se a praxe comum de alguns deputados e senadores era destinar verbas do Orçamento da União para a construção de escolas, unidades de saúde, estradas e ginásio de esportes, ficando com um percentual do valor total dos recursos (entre 10% e 20% de acordo com cálculos conservadores); agora surge uma nova modalidade de tunga, aparentemente mais rentável e comprovadamente menos fiscalizável.

Trata-se da destinação de parte considerável da cota a que cada parlamentar tem direito no Orçamento da União para a realização de festas realizadas por entidades privadas, providencialmente registradas como instituições sem fins lucrativos.

As verbas são canalizadas através do Ministério do Turismo. Seria a manjada versão do ´pão e circo´, não fosse um pequeno detalhe: boa parte dessas entidades são de fachada e não raro escondem a digital de alguém ligado ao deputado ou senador que destinou o recurso.

Sutil como um trio elétrico numa orquestra sinfônica.

Desta forma, descobriu-se, por exemplo, que o deputado Gim Argelo destinou recursos para uma entidade, que repassou 550 mil reais para que uma tal Radio Nativa FM divulgasse a festa. A Nativa FM -só coincidência, claro- pertence ao filho de Gim Argelo, que até dias atrás era nada mais nada menos que o relator do Orçamento da União no Congresso Nacional.

E que uma deputada do Amapá mandou 5 milhões de reais para uma entidade que tem como sede uma casa sem placas…em São Paulo! E que um deputado do Distrito Federal destinou 3 milhões de reais para empresas fantasmas. E que um deputado de Goiás despachou 2 milhões e 700 mil reais para uma empresa de eventos em nome de um jardineiro. Seguem-se um monte de ´e ques´, visto que a lista é imensa e suprapartidária.

Como é mais difícil fiscalizar os gastos com festas do que com obras, lá vão os recursos para as micaretas (ou picaretas!), festas de São João (´cai cai milhão, aqui na minha mão´) e quetais, enquanto a patuléia se vira na fila da matrícula escolar e do pronto socorro e a juventude pena com a falta de espaços para esportes.

E lá vamos nós, cidadãos comuns, a fazer o nobre papel de palhaços nessa festança/gastança o para a qual somos involuntariamente convidados, já que é o dinheiro dos nossos impostos que financia essa gatunagem, quando deveria financiar serviços públicos de qualidade.





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