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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 12/maio/2010 . 16:40

Ame-a ou deixe-a


A camiseta amarela, vestida calculadamente pelo técnico Dunga sob a camisa verde, não deixava margens para qualquer dúvida: o patriotismo -ou pior, a patriotada- entrou em campo junto com a Seleção Brasileira que vai disputar a Copa do Mundo da África.

Comprometimento, espírito de Seleção, amor pela pátria e torcida apaixonada, sem falar na inevitável busca da vitória a qualquer custo, foram palavras usadas à exaustão por Dunga.

Só faltou dizer, e faltou pouco para dizer, que quem não gostasse da Seleção Brasileira, que fosse torcer pela Argentina, a Espanha, a Holanda, a Nova Zelândia.

Bem no estilo “ame-a ou deixe-a”, jargão utilizado pela Ditadura Militar no auge do ufanismo Brasil Grande.

Estupidez a parte, já que esse tipo de discurso não tem nenhum sentido, Dunga tem lá suas razões.

De fato é preciso amar muito a Seleção Brasileira para torcer por uma equipe cujo treinador abriu mão do talento para priorizar a força, o suor, o tal comprometimento.

É preciso ser torcedor apaixonado para amar um time de guerreiros (claro que a referência explicita à cerveja que patrocina a CBF e colocou o treinador como estrela de um de seus comerciais é mera coincidência).

Ou será que algum torcedor enche o peito de orgulho e grita, a plenos pulmões, nomes como Felipe Mello, Josué, Gilberto Silva, Kleberson, Elano, Julio Batista, Lucio, Gilberto e quetais?

Porque, tirando o talento de um Kaká craque indiscutível, mas meio baleado, os lampejos de Robinho e o faro de goleador de Luis Fabiano, o resto é tudo “guerreiro mesmo”, um monte de dungas obstinados, tratando a bola não como um objeto de arte, mas como algo a ser domado.

Nem que seja apenas na força física, na transpiração.

Temos, enfim, uma versão atual da Seleção que, aos trancos e barrancos, conquistou a Copa de 94 na decisão por pênaltis contra a Itália, após o 0x0 nos 90 minutos e na prorrogação.

Na época, Dunga era o capitão.

Agora, é o general, perdão, o treinador.

E lá vamos nós, para a guerra na África, sem nem ao menos um Ganso para por um pouco de alegria nesse batalhão…

BOLA DE CRISTAL

Mesmo com esse time meia boca, o Brasil ganha a Copa do Mundo.
A fórceps, matando o torcedor do coração, mas como diria Dunga, quem quer espetáculo, que vá ao ballet.
Alguém sabe de um bom espetáculo em cartaz?





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