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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Antonio Fagundes. Romeu e Julieta’

Audiência Pública debate Enfrentamento à Violência Doméstica durante a Pandemia

viold mumAções da Secretaria estadual de Políticas para Mulheres (SPM) no Enfrentamento à Violência Doméstica durante a Pandemia e a implantação da Central Emergencial de Atenção às Mulheres serão apresentadas virtualmente em Audiência Pública, nesta terça-feira (15), às 10h, com palestra da secretária da SPM, Julieta Palmeira e participação do GT da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres de Salvador.

O evento remoto será realizado em conjunto pelas Comissões de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviços Públicos; Direitos da Mulher e especiais de Promoção da Igualdade, e de Desenvolvimento Urbano, da Assembleia Legislativa da Bahia, e visa fortalecer toda a rede de apoio no combate aos crescentes índices de violência contra a mulher na Bahia.

Presidida pelas deputadas Fabíola Mansur, Olivia Santana, Fátima Nunes e Maria Del Carmem, a Audiência será realizada através de plataforma de reunião remota e pode ser acompanhada ao vivo pelos canais da TV ALBA.

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SAI JORGE AMADO, ENTRA SHAKESPEARE. SAEM GABRIELA E NACIB, ENTRAM ROMEU E JULIETA

Como produto de televisão, a novela “Gabriela”, encerrada no final de semana,  esteve a um passo da perfeição. Fotografia magnífica, direção segura,  e cenários que reconstituíram a Ilhéus do início do século XX, onde se passou o célebre romance escrito por Jorge Amado. E interpretações antológicas de José Wilker como o coronel Jesuino, Maitê Proença como dona Sinhazinha, Laura Cardoso como a fofoqueira/beata/quenga Dorotéia e Antonio Fagundes como o coronel Ramiro Bastos/ACM.

 Gabriela, a novela, é uma adaptação de Gabriela, o livro. E de adaptação, não se deve esperar fidelidade total ao texto original. E nesse quesito, a novela passou longe do livro.

 Alguns exemplos: o triangulo Berto-Lindinalva-Juvenal não existe no livro, mas ganhou destaque na trama, da mesma forma que o romance secreto  entre Maria Machadão e o coronel Ramiro e o caso entre o coronel Amancio e Miss Pirangi.

 No final da trama, em que Gabriela e Nacib viraram quase figurantes, ganhou força a história de amor proibido entre Mundinho Falcão e Gerusa, que não passa de um flerte irrelevante no livro.

 Saiu Jorge Amado, entrou Willian Shakespeare. Sairam  Gabriela e Nacib e entraram Romeu e Julieta, com direito a prisão no convento, à espera do príncipe salvador. Menos mal que nas cenas  finais, rolou o que restou a Nacib e Gabriela no folhetim: cenas calientes de sexo, garantia de audiência.

 A história do novo porto, pano de fundo do romance, embate entre estagnação e desenvolvimento, atraso e progresso, essa passou batida mesmo. Novo porto em Ilhéus? Oxe, deixa isso pra lá.

 Jorge Amado  costumava dizer, com sua fina ironia,  que as melhores traduções de seus romances eram as de idiomas que ele não conseguia entender. Em russo, búlgaro, chinês, mandarim, etc.

 Vale o mesmo para as adaptações de seus livros.

 Como adaptação, há que se pregar à novela Gabriela o adjetivo “espetacular”, mesmo com a cruel e saudosista comparação com a versão original. 

Pena que, no quesito turismo, Ilhéus mais uma vez deixou o trem passar, o navio zarpar. Nem com a comemoração do centenário de Jorge soube aproveitar a maré a favor.

 Mas isso já é uma história da vida real.





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