:: ‘tratamento à base de cannabis’
Paciente desenganada volta a andar com tratamento à base de cannabis

Carla Karoline teve uma melhora imediata após iniciar o tratamento com cannabis sob orientação do Dr. Antônio Andrade – Foto: Acervo pessoal
Uma jovem de 18 anos, iniciando o curso de fisioterapia, cheia de sonhos e com a vida pela frente. Carla Karoline viu sua vida mudar em 2015, quando contraiu zika vírus. A arbovirose desenvolveu os sintomas mais graves e afetou a rotina da jovem estudante.

Remédios deixaram Carla inchada e a perda dos movimentos a colocou em cadeira de rodas | Foto: Acervo pessoal
Dores no corpo, febre, articulações rígidas, manchas na pele e dores no olho se tornaram frequentes. Foram dois anos até descobrir que a zika, na verdade, era a síndrome de Guillain Barrè e desencadeou uma doença autoimune, a polineuropatia sensitiva. Uma doença incapacitante.
“Eu tinha cansaço, fraqueza, 1º sintoma foi no ônibus, pedi para sentar por que as penas estavam fracas”, lembra Carla. Ela desenvolveu fortes enxaquecas. “A pulsação da artéria temporal era visível, minhas mãos viraram para dentro, parecia avc, as pernas, o tronco, eu não ficava em pé”, relata.
Carla Karoline fez uso de opióides como morfina, tramal, além de anticoagulantes e anticonvulsivos. “Não sentia frio nem calor, o corpo tremia”, diz a fisioterapeuta que recebeu indicação para o neurologista Antônio Andrade.
“Foi a última opção, as pernas já estavam comprometidas, cheguei até a pesquisar órteses”, recorda Carla, que considerou a hipótese de amputação. O excesso de medicamentos comprometeu os órgãos, até o ponto em que ela só conseguia mexer a cabeça.
- 1











