WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
hanna thame fisioterapia animal

prefeitura itabuna sesab bahia shopping jequitiba livros do thame




Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
D S T Q Q S S
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930  


:: ‘Santa Clara’

Che Guevara para sempre entre seu povo

che cuba 1Santa Clara voltou a encher-se do amor dos moradores de Villa Clara e dos cubanos para Ernesto Che Guevara, quando no domingo, 8 de outubro, mais de 60 mil pessoas se concentraram na praça que leva seu nome, para prestar-lhe homenagem a ele e aos seus companheiros de luta, no 50º aniversário de sua morte em combate.

Na comemoração marcou presença o primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, quem minutos antes de se iniciar o ato político cultural pela efeméride, prestou tributo junto a outros membros do Bureau Político, ao Guerrilheiro Heroico e ao Destacamento de Reforço, no local que perpetua a sua memória.

As palavras de Fidel na velada solene, em outubro de 1967, quando se deu a conhecer ao povo de Cuba a triste notícia da morte de Che Guevara, escutaram-se mais uma vez e fizeram tremer os corações dos presentes: «Se nós queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo, um modelo de homem que pertence ao futuro, eu digo do coração que esse modelo sem uma única mancha na sua conduta, sem uma única mancha na sua atitude, sem uma única mancha na sua atuação, esse modelo é Che Guevara! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: Queremos que eles sejam como Che Guevara!».

:: LEIA MAIS »

Danny Glover rende homenagem a Che em Santa Clara

dany-2

O ator norte-americano e ativista de direitos humanos, Danny Glover, visitou a cidade de Santa Clara, em Cuba, e prestou homenagem ao  Comandante Ernesto Che Guevara, no memorial em que estão depositados seus restos mortais e que perpetua a memória do guerrilheiro das Américas e seus companheiros de luta.

dany-1Muito impressionado, depois de visitar a praça e o museu e depositar uma flor em honra ao guerrilheiro heroico, Danny Glover disse sentir muita admiração por quem segue sendo um símbolo do internacionalismo.

“Este recordação vai viver comigo para sempre. Era um lugar que queria conhecer, porque a história de Che segue viva. Ele conseguiu fazer o impossível se tornar possível”, disse o também diretor e produtor cinematográfico.

Jorgelina Pestana Mederos, presidente  de Governo na província de  Villa Clara, entregou a Glover uma estatueta com uma imagem de Che e uma revista especial que narra as lutas de Che e o papel do comandante em chefe  Fidel Castro em Santa Clara, que teve papel decisivo no triunfo da Revolução Cubana.

Descobrindo Cuba de bicicleta

¨Descubriendo Cuba en bicicleta¨ é uma viagem de bicicleta de 15 días de duração pelo oeste e centro de Cuna, percorrendo estradas perdidas de Havana, Soroa, Viñales, Cienfuegos, Trinidad e Santa Clara.

Pedale nessa aventura:

Havana, a cidade paixão

Daniel Thame

 

San Cristobal de La Habana. Ou simplesmente La Habana. Capital de  Cuba, a maior ilha do Caribe. Dito assim,  poderia ser apenas a localização geográfica de uma cidade.

Mas La Habana,  Havana, não é apenas uma cidade. Cidades existem em todas as partes do mundo. Metrópoles, grandes, médias e pequenas cidades ou mesmo vilazinhas perdidas no mapa.

Havana é diferente. E nem se peça explicação. Porque explicação não há. Ou há tantas explicações que nem é o caso de se explicar.

Havana é para ser vivida com toda a intensidade que é possível viver numa cidade que tem alma, que pulsa e que  se reinventa sem perder a essência.

Cidade com alma e com coração. E o coração de Havana se chama Habana Vieja. A velha Havana, onde se tromba em cada esquina com a História e com personagens históricos.

Habana Vieja, dos monumentos que percorrem cinco séculos de um país e de um povo  dominados pelos conquistadores e que há meio século decidiu ser dono de seu próprio destino.

Monumentos e prédios históricos –e eles são as marcas indeléveis de Habana Vieja-  são testemunhas dessa saga única de nuestra América. Fascinam não pelo que mostram, mas pelo que representam.

Caminhar por Habana Vieja é respirar utopia na Praça da Revolução, que conserva relíquias da epopéia que começou em Sierra Maestra e está longe de terminar.

E beber um run e fumar um puro habano no Hotel Habana Libre (o antigo Hotel Nacional dos mafiosos americanos), onde se instalou o quartel general da recém-vitoriosa revolução cubana  e que, contam as paredes e as lendas, travou-se o inacreditável diálogo em que Fidel, ao escolher seus ministros, perguntou quem era economista. Che levantou a mão e Fidel imediatamente o nomeou Ministro da Economia. Che, entre uma baforada e outra de charuto, questionou. Ao que Fidel rebateu: “mas eu perguntei quem era economista e você levantou a mão”. E Che: “carajo Fidel, eu entendi você perguntar quem era comunista”. Che virou Ministro da Economia e ainda por cima presidente do Banco Nacional de Cuba. Notas de peso, a moeda cubana,  com sua assinatura são vendidas como souvenir em Havana.

É tomar almoçar ou jantar comida criolla (a comida típica cubana), beber um mojito e deixar um recado para a posteridade na Bodeguita del Médio, tão mundialmente célebre que dispensa apresentações. É ´conversar´  com Ernest Hemingway  no Hotel Ambos Mundos ou ler um poema ao lado de Pablo Neruda nas calles estreitas, que aparentemente não levam a lugar nenhum, mas levam a todos os lugares que a imaginação permite.

É achar relíquias entre livros, discos e pinturas nas praças, regateando os preços pelo prazer da conversa. É se perder  na luxúria do Tropicana e do Le Parisien, espetáculos que unem música, dança, teatro e sensualidade. É admirar sem pressa as  jóias arquitetônicas que surgem  a cada esquina.

É caminhar e sentir a brisa do Mar do Caribe no Malecon, a avenida beira mar.   onde casais apaixonados se apaixonam ainda mais e a noite é uma criança, porque é mais fácil trombar com Fidel Castro do que ser assaltado, seja noite ou dia, primavera, outono, inverno ou verão.

É conhecer o Teatro Nacional, o Capitólio, os hotéis em estilo da primeira metade do século passado. É tomar um sorvete de sabor incomparável na Copélia. É dirigir ou apenas tirar fotos em carros antigos e excepcionalmente bem conservados, uma das marcas de Havana. Ou passear sem pressa em taxis adaptados de bicicletas ou charretes, como se fosse fazer o tempo passar devagar. E em Habaja Vieja até o tempo passa sem presa.

É descobrir e redescobrir uma nova cidade a cada dia, tentas são as cidades dentro de Havana, e tantas são as nuances na mesma Habaja Vieja.

Habana Vieja não é para turistas, embora viva apinhada de turistas. Porque turista olha, fotografa e se empanturra de lugares comuns, guiados por folhetos que revelam justamente lugares comuns, mas não revelam a alma do lugar.

Habana Vieja – e me atrevo a dizer-  Havana, e a  Cuba de Santa Clara, Trinidad, Matanzas, Remedios, Cinfuegos, Pinar del Rio, Santiago,  é para ser vista e, principalmente, vivida por quem se sente parte daquilo tudo. Que não apenas vê, mas enxerga, que não apenas visita, mas incorpora.

Que ao respirar, não manda apenas ar para os pulmões, mas impregna as veias com algo absolutamente imaterial.

Uns chamam isso de alma.

Mas também pode chamar de paixão.

Porque Habana Vieja, e aqui se chegou à palavra síntese, é imensamente e inteiramente paixão.

 





WebtivaHOSTING // webtiva.com.br . Webdesign da Bahia