:: ‘Médico na Estrada’
Médico na Estrada
Cyro de Mattos
Sabemos que como guardião da saúde o médico é fundamental para a vida, oferecendo em suas atividades a cura ou o alívio, no tratamento das doenças. Apresenta-se no ambiente como a manhã vestida de branco, acenando para debelar as distorções e lesões no corpo humano. Sua experiência traduz-se na doação ao outro, sem nunca recuar no duelo entre o dia e a noite. Nessa função de enfrentar a indesejada, em qualquer parte dos confins, teve no antigamente ferramentas sem os avanços tecnológicos de hoje quando então tudo era mais difícil. Ressalve-se que será sempre difícil salvar uma vida quando tudo parece que chegou ao fim.
Não é dos médicos de hoje que pretendo tecer algum comentário nesse dia especial em que se comemora o ser-estar desses homens e mulheres de branco. Quero mostrar um pouco do que acontecia com algum deles isolado na vila quando esta servia como um burgo de penetração na conquista da terra. Tinha vida modesta, a maioria da clientela era constituída de gente com poucos recursos, donos de pequenas glebas de terra, com lavouras de milho, feijão e mandioca. Pagavam os honorários médicos com peru, galinha e porco.
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