:: ‘Lucy Citti Ferreira’
Mazé Torquato Chotil lança biografia de Lucy Citti Ferreira, a pintora esquecida do modernismo
Uma obra que aborda a vida e a trajetória da pintora modernista — também desenhista, gravadora e professora — Lucy Citti Ferreira (São Paulo, SP, 1911 – Paris, França, 2008), que marcou a história da pintura brasileira nas décadas de 1930 e 1940 e que, como tantas outras artistas mulheres, acabou esquecida. Esta biografia busca ajudar a “desenterrá-la”.
Nascida em São Paulo, Lucy passou a infância em Gênova, na Itália e em Le Havre, na França, onde iniciou seus estudos artísticos na Escola de Belas Artes, continuando-os depois em Paris. Já formada e premiada como pintora, retornou ao Brasil em 1934, nos seus 23 anos, quando conheceu Mário de Andrade, que a colocou em contato com o pintor Lasar Segall — com quem trabalhou, foi musa e viveu uma história marcante.
Seu patrimônio pictórico, incluindo seus arquivos, foi doado à APAC – Associação Pinacoteca Arte e Cultura, com o apoio de Marcelo Araújo, amigo da pintora, que, à época, depois de ter dirigido o Museu Lasar Segall, estava à frente da Pinacoteca de São Paulo.
Lucy viveu uma história artística relevante, assim como no plano afetivo: teve três homens importantes em sua vida e enfrentou numerosos desafios, tanto no plano pessoal quanto no profissional. Lutou contra dificuldades financeiras e contra as barreiras impostas às mulheres artistas. Sua relação com Segall foi, ao mesmo tempo, fonte de inspiração e obstáculo ao reconhecimento de sua própria obra. Uma Camille Claudel dos trópicos?
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