:: ‘Jorge Ramos’
Um dos últimos atos em vida de Jorge Ramos foi levar sua obra para a Biblioteca do Jornalista Baiano
Na última terça-feira, 2 de abril, Jorge Ramos foi à sede do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, à Rua Chile, levar a sua obra para o acervo da Biblioteca dos Jornalistas Baianos. Foi um dos últimos atos em vida de Jorginho antes de passar para o outro lado do caminho, dois dias depois, na quinta-feira, 4 de abril, fulminado por infarto enquanto fazia hidroginástica. O SINJORBA, do qual foi presidente, era uma de suas casas onde praticava o melhor de seus dons: a agregação, a solidariedade e o coletivo em detrimento do individual. Atributos que também legou à Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB).
Foi de Jorge Ramos a inspiração pra batizar, no próximo dia 16 de abril, o nome da sala 301, do Edf. Bráulio Xavier — sede do SINJORBA — com o nome do jornalista Heron de Alencar — um dos fundadores e primeiro presidente da instituição. Nesta sua última ida à Casa dos Jornalistas, ele cedeu para a Biblioteca o livro “Universidade & Região & Alienação Cultural”, onde Heron, ainda na década de 1960, defendia a regionalização da universidade pública.
Jornalismo perde Jorginho Ramos, ex-presidente do Sinjorba
Morreu nesta quinta (04) uma das figuras mais carismáticas do jornalismo da Bahia. Jorginho Ramos, que também era pesquisador e escritor, especialmente dedicado aos estudos sobre História do Recôncavo e da Bahia, nasceu em Ipirá e foi criado na cidade de Cachoeira. De acordo com informações da família, ele sofreu um infarto, enquanto praticava atividade física em uma academia. Embora atendido por socorristas do Samu e encaminhado a uma unidade hospitalar, não resistiu.
Jorginho foi presidente do Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia). Atuou no Jornal Diário de Notícias e nas TVs Bandeirantes, Aratu, Bahia, Santa Cruz, de Itabuna e Educativa. Em meado dos anos 2000, passou a dirigir a Central de Jornalismo do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia.
Como professor, lecionou Metodologia e Didática do Ensino Superior na Faculdade São Bento, da Bahia. Lecionou também na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Trabalhou também na Faculdade 2 de Julho e na Faculdade de Turismo da Bahia.
Foi subsecretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador. Trabalhou na Assessoria de Imprensa de diferentes órgãos públicos baianos, entre os quais O Teatro Castro Alves e o Instituto do Meio Ambiente. Lecionou ainda jornalismo em Angola. Em 2011, publicou pela Solisluna Editora o livro “O Semeador de Orquestras – História de um Maestro Abolicionista” sobre a vida e a obra do maestro baiano Tranquilino Bastos.
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