:: ‘conflito amoroso’
O conflito amoroso
Eulina Lavigne
Normalmente aprendemos, quando pequenos, que é muito ruim entrar em um conflito. Que devemos evitar nos envolvermos em conflitos como se vivenciá-los estivesse fora dos conformes. Somos ensinados a nos afastar deles como se não fossem algo inerente às nossas vidas.
Isto significa confirmar o pensamento de Krishnamurti de que quase todos os seres humanos do planeta são educados para viverem em constantes conflitos. Se eu não posso olhar para os conflitos fora, que são o reflexo dos conflitos internos, eu vou perpetuá-los.
Os conflitos são vivenciados por nós a partir de uma memória celular antes mesmo de nascermos. Vivenciamos os conflitos dos nossos pais durante a nossa gestação, além de vivermos um grande conflito na hora de nascermos. Devemos nos perguntar: saio ou não saio desse lugar tão quentinho e aconchegante?
Além disso herdamos os conflitos dos nossos ancestrais. E você deve estar pensando que eu enlouqueci. Não, eu não enlouqueci. Estou apenas lhe trazendo um novo olhar para que você inclua novas possibilidades. Estou me referindo a herança epigenética transgeracional.
Nossa que palavrão! Calma que eu lhe explico.
Assim como herdamos a cor da pele e a cor dos olhos dos nossos ancestrais, herdamos também as memórias emocionais.
Rupert Shadrake, um dos biólogos mais renomados da atualidade, traz a possibilidade da existência da ressonância mórfica, que diz respeito a um campo de energia chamado campo mórfogenético, que contem registros de toda a história de uma família, que ressoa e pode ser acessada por várias gerações. Ou seja, cada família possui a sua memória coletiva e que pode ser acessada por qualquer membro.
Portanto, voltando aos nossos conflitos, as nossas células carregam os conflitos vivenciados pelos nossos ancestrais e em algum momento eles podem ser ativados. Esta pode ser a explicação para diversas reações com relação aos conflitos: luto, fujo ou paraliso e não entro em contato.
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