:: ‘Câncer de Mama em Animais de Companhia’
Câncer de mama em animais de companhia
Hannah Thame
É muito comum ouvir alguém relatar que sua cadela ou gata está com um “carocinho” na mama e que não sabe como surgiu. De início, pode-se imaginar não ser nada grave e que logo irá melhorar, mas é importante lembrar que todo e qualquer problema apresentado pelo seu animal deve ser avaliado por um Médico Veterinário, pois só o mesmo poderá garantir um diagnóstico preciso.
A cada dia que passa os animais de estimação estão vivendo por mais tempo, dessa forma, estão mais sujeitos a desenvolverem doenças, como as neoplasias ou tumores. Os tumores mamários são muito comuns em cães e gatos e há diversos tipos histológicos que podem acometer essas espécies, porém, infelizmente, cerca de 50% dos casos são malignos e, em gatos, a maior parte dos tumores é altamente agressiva.
No geral, animais mais velhos (com cerca de 10 anos de idade), animais que possuem todo o seu aparelho reprodutivo (inteiros) e animais que foram castrados após numerosos cios são mais predispostos a desenvolver a doença. Embora alguns autores relatem predisposição genética, todas as raças estão sujeitas a esse tipo de neoplasia.
A castração da fêmea antes do seu primeiro cio é, hoje, considerada a forma mais eficiente de manter o animal afastado dos riscos de desenvolver câncer de mama, já que a alteração hormonal que ocorre em cadelas e gatas é a grande responsável pelo aparecimento de disfunções que podem influenciar no surgimento da doença.
De acordo com alguns veterinários, a aplicação de medicamentos hormonais, principalmente anticoncepcionais, é um fator que pode ser determinante para o surgimento de tumores na mama e é por isso que esse tipo de medicamento é contra indicado no mundo animal. Dessa forma, caso o proprietário não deseje que seu animal tenha filhote, recomenda-se a castração, prevenindo assim, além de tumores mamários, tumores que pode acometer outros órgãos do trato reprodutivo das fêmeas.
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