:: ‘Boi da Cara Preta’
“Boi da Cara Preta” estreia essa semana na Tenda do TPI
Após o sucesso da primeira apresentação do ano ocorrida no último domingo (6) – o show “Matheus Luna homenageia a música brasileira”, com o talentoso músico especialista em violão de 7 cordas que trouxe ao palco um repertório de compositores nacionais consagrados –, o Teatro Popular de Ilhéus recebe nesta semana mais três espetáculos que ocorrerão quinta, sexta e sábado (dias 10, 11 e 12), incluindo a peça “Boi da Cara Preta” em versão inédita.
A grande “reestreia” do espetáculo “Boi da Cara Preta” ocorrerá no dia 10 de janeiro (quinta), com próximas exibições marcadas ainda para os dias 19 e 26 (sábados), sempre às 19 horas. A montagem é um musical infanto-juvenil inspirado no bumba-meu-boi de “Seu Oreco”, do povoado ilheense de Urucutuca. Passeando pelo imaginário nordestino, a nova montagem acrescenta tempero moderno e dinâmico ao roteiro, dando novos ritmos a elementos tradicionais. Os atores e atrizes são como brincantes, que utilizam o colorido e brilhos típicos das festas populares e não apenas atuam, mas cantam, dançam e executam a trilha sonora ao vivo, tocando instrumentos tradicionais e alternativos. O boneco do “Boi” também é novo, montado pelo bonequeiro Shicó do Mamulengo especialmente para a nova versão. O texto é de Romualdo Lisboa, direção musical de Cabeça Isidoro e direção geral de Tânia Barbosa. A estreia da montagem original ocorreu em dezembro de 2007, e em 2019 retorna ganhando novo elenco, roteiro e canções.
BOI DA CARA PRETA EM ILHEUS
A nova montagem da Cia. Boi da Cara Preta, o musical “As Lendas da Lagoa”, que estreará no dia 16 de março na Casa dos Artistas, segue a todo vapor com os ensaios. O espetáculo traz ao público as manifestações populares da Lagoa Encantada, trazendo as lendas e mitos do local e a luta de um povo para manter suas tradições e crenças vivas, uma luta que diz respeito a preservação da própria lagoa. A população e as lendas se unem para impedir a destruição da sua fauna e flora, mesmo declarando guerra ao consumo capitalista.
A verdade é que a natureza está sendo duramente afetada pela dominação imperialista, com efeitos que vão atingir inevitavelmente as futuras gerações e provocando o desaparecimento de muitas espécies. O espetáculo nasce da preocupação com tudo isso que vem acontecendo e como um caminho para minimizar os efeitos gradativos e irreversíveis ao meio ambiente, assim como manter aceso o folclore ilheense, as história das lendas que habitam nosso imaginário popular como a caipora, a mãe d’água, o nego d´água e outros. O Espetáculo é vencedor do Edital Manoel Lopes Pontes de Estímulo a Montagem de Teatro do Estado da Bahia.
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