:: ‘Bagnoregio’
Os videogames não são uma doença
Bagnoregio
A comunidade médica internacional decidiu que, se você passa muito tempo em frente a videogames, pode sofrer de um problema de saúde mental: considerando videogame uma doença digital, distúrbio comportamental. O hábito de jogar obsessivamente na rede com outra pessoa, negligenciando outras atividades básicas, fez com a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluísse os games na revisão de seu CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
Se você joga muito xadrez, cartas ou um jogo de tabuleiro, não se preocupe, tudo bem: de acordo com a OMS. Mas para falar de patologia, tem que se jogar muito durante um ano ou mais… e essa atividade ter consequências negativas para sua vida social, familiar ou profissional.
A OMS inseriu distúrbios de videogame na mesma categoria de dependência de drogas como vício patológico. Mas em vez de uma substância, na base dessa dependência, haveria um comportamento, uma atividade realizada pela pessoa. Quando a Organização Mundial da Saúde adotar o cid-11, em maio de 2019, o distúrbio do videogame entrará na classificação juntamente com outro distúrbio comportamental, a patologia ligada ao jogo.
Mas espere um minuto: será que as pessoas podem realmente desenvolver um vício em videogames como o que eles desenvolvem com as droga ? Talvez o verdadeiro problema não seja o jogo em si, mas o fato de que as pessoas são tão dispostas a assumir que os comportamentos negativos são o resultado de defeitos mentais individuais, ao invés de fatores sociais, políticos e econômicos mais complexo.
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