:: ‘aventura’
A morte: uma grande aventura
Eulina Lavigne
Este é o título do livro compilado por dois estudantes, dos Escritos de Alice Bailey e o mestre Tibetano, Djwhal Khul, que nos convida a assim pensar sobre a morte.
Embora a morte, por enquanto, seja a única certeza que temos na vida, o livro nos instiga a pensar a morte como algo que não pode ser evitado, e que é o Portador de Mudanças. Sendo assim podemos tornar o processo da morte uma parte planejada da totalidade do propósito inteiro de nossa vida.
Segundo eles se assim pensarmos podemos ver a vida com um colorido diferente e com mais leveza.
Para mim esta reflexão faz bastante sentido, na medida em que sabendo da nossa imortalidade podemos projetar, programar a nossa vida e esta transição como se fossemos para uma aventura sem nada nas mãos e com a bagagem de experiências que a vida nos proporcionou. Neste momento vamos de mãos vazias e, se espera, com a consciência um pouco mais ampliada do que chegamos.
Ao longo da nossa vida, morremos um pouco a cada pensamento novo, a cada mudança de casa, ou de escola, ou de várias renúncias que fazemos em nossa trajetória. Vamos, aos poucos, vivenciando renúncias para a chegada da renúncia maior. A escolha de nos prepararmos para essa grande aventura é nossa.
Podemos sofrer por antecipação, quando deixamos de viver o presente na ansiedade de viver o futuro para correr o suficiente para não morrer logo. E terminamos morrendo, e muitas vezes, antes do tempo. Que complicação!
Isto me lembra uma história que li sobre duas lagartas amigas. Um dia, durante as férias, se despediram uma da outra e foram visitar a família. Até chegarem na casa dos seus familiares foi uma longa trajetória a ponto do processo de transformação em borboleta se iniciar. Uma das lagartas apressou o seu passo para chegar logo a casa da família para contar a novidade. O seu corpo estava se transformando, não sabia em que ainda, mais que aquilo deveria ser bastante interessante. Ela contava tudo isto para a família com muita alegria e desejosa que tudo terminasse logo para ver o resultado. Do resultado já sabemos. A lagarta transformou-se numa linda borboleta azul.
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