:: ‘“Abril Indígena”’
Uesc promove palestra “Diálogos Indígenas”
Em sintonia com o Abril Indígena, mês dedicado à memória e à luta dos povos originários, o Laikos, programa de extensão do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em parceria com o Colegiado de História, realiza, terça-feira, 29 de abril, às 9h, a palestra “Diálogos Indígenas”.
O evento, que acontece no auditório do Curso de Direito, localizado no 1º andar do Pavilhão Waldir Pires, contará com a presença de duas figuras de grande relevância para a causa indígena na região e no Brasil.
A primeira palestrante será a Cacica Jamopoty – Valdelice Tupinambá de Olivença. Com 25 anos de cacicado, ela é a segunda mulher a liderar sua comunidade no Brasil e recentemente recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Uesc, em reconhecimento à sua incansável luta e representatividade. Sua trajetória e sabedoria ancestral certamente enriquecerão o debate.
O segundo convidado é o Professor Dr. Casé Angatu. Indígena, historiador e um dos primeiros doutores indígenas do Brasil, Dr. Casé Angatu é docente da Uesc e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), além de ser autor de diversos livros e morador do Território Indígena de Olivença. Sua perspectiva acadêmica e vivência territorial trarão uma análise profunda sobre as questões indígenas contemporâneas.
TVE exibe filmes do Festival Internacional de Cinema Indígena
A TVE exibe, de quinta (24) a sábado (26), sempre a partir das 21h, quatro filmes que integraram a mostra Cine Kurumin – Festival Internacional de Cinema Indígena. As produções ‘Yvy Pyte – Coração da Terra’, ‘A Fumaça e o Diamante’, ‘Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ’ e ‘Ava Yvy Pyte Ygua – Povo do Coração da Terra’ trazem narrativas potentes e sensíveis sobre os povos originários, seus territórios, saberes e resistências.

Na quinta-feira (24), serão exibidos os filmes ‘Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ’ e ‘A Fumaça e o Diamante’. O primeiro acompanha a jornada de uma arqueóloga, um poeta, um pastor e kujá, uma professora e um rapper que, juntos, resgatam a história do seu povo, os Laklãnõ/Xokleng, habitantes do sul do Brasil, em meio à luta contra o Marco Temporal. A direção é assinada por Barbara Pettres, Flávia Pessoa e Walderes Coctá Priprá. Já ‘A Fumaça e o Diamante’ se passa em uma noite na Aldeia Catrimani, Terra Indígena Yanomami, onde uma família se reencontra no pátio da aldeia após uma densa fumaça. Com direção de Bruno Villela, Juliana Almeida e Fábio Bardella, o curta conduz o espectador por uma narrativa sensível e ancestral.
Abril Indígena tem programação especial na TVE Bahia
A TVE reforça seu compromisso com a valorização dos povos indígenas e, durante o mês de abril, traz uma programação especial com conteúdos que retratam a cultura, a história e os desafios enfrentados pelos povos indígenas do Brasil. A emissora pública, que já mantém ao longo de todo o ano um espaço dedicado a essa temática, amplia nesse período a exibição de filmes, documentários, entrevistas e reportagens, dando visibilidade às suas lutas e contribuições para a sociedade.
O programa Giro Nordeste vai trazer convidados para debater questões fundamentais como identidade, luta por inclusão, retirada de direitos, ancestralidade, territórios indígenas, entre outros temas. Na terça-feira (08), quem abre a rodada de entrevistas é Rutian Pataxó, liderança e conselheira indígena. Economista, ela é também coordenadora geral do Núcleo de Estudantes Indígenas da Universidade Federal da Bahia, e especialista em Direitos Humanos e Direitos e Políticas para Povos Indígenas. O programa vai ao ar às terças-feiras, sempre às 19h.
Neste mesmo dia, às 20h, o documentário ‘Equidade no SUS: saúde mental e indígena’ mostra a experiência do município de Balneário Barra do Sul, em Santa Catarina, com a atuação da saúde e suas diversas interseções, como alimentação e saúde mental no território indígena Tarumã.
No sábado (12), também às 20h, o telefilme documental ‘Yby Yara: Terra do Conhecimento’ revela os detalhes sobre a educação escolar indígena, tendo como ponto de partida a rotina de educadores selecionados para atuar no território étino-educacional Yby Yara, na Bahia, criado para atender a 16 etnias.
Requerimento aprovado do vereador Cláudio Magalhães viabiliza sessão especial do “Abril Indígena”
O plenário virtual da câmara de Ilhéus aprovou, por unanimidade, o requerimento 234/2021 de autoria do vereador Cláudio Magalhães para realização da sessão especial com o tema “Abril Indígena; Nossa Luta é Pela Vida”, no próximo dia 29 de abril.
O encontro que será realizado, por meio da plataforma Zoom e terá transmissão pelas redes sociais da casa legislativa ilheense, terá como o
bjeto de discussão central “A importância do Abril Indígena para a manutenção do legado cultural do povo Tupinambá”.
De acordo com Cláudio Magalhães, primeiro vereador de etnia indígena no município, a sessão é um motivo de resistência e aprendizado sobre técnicas e tecnologias milenares dos povos indígenas de todo o Brasil. “Vamos incluir na pauta como devemos fazer para que os índios de Ilhéus e região mantenham os seus legados culturais preservados”, destacou o edil.
Cláudio afirma que a programação do “Abril Indígena” contempla uma agenda com diversas programações de atividades em todo o país. “São palestras, mesas redondas, rodas de conversa, oficinas e exposição de artes indígenas, entre outras, em todo o Brasil. Ilhéus com relações históricas de resistência dos nossos povos ancestrais não poderia ficar de fora desse calendário de manifestações”, concluiu o vereador.
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