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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘104 anos’

Helenilson Chaves: visão realista e romântica de Itabuna 104 anos

hchavesPor Celina Santos, do Diário Bahia-O empresário Helenilson Chaves, o mais bem-sucedido de Itabuna, mostra uma visão realista e outra, digamos, mais romântica ao falar da cidade. De um lado, considera que ela está muito aquém do necessário quando se trata de educação e, por isso, despreparada para receber grandes investimentos. Tradicionalmente visado para apostar, financeiramente, em campanhas políticas, o presidente do Grupo Chaves parece decidido a participar do próximo processo eleitoral unicamente com o voto. Em contrapartida, reitera o desejo de continuar vivendo nesta terra, apesar de poder morar em qualquer lugar do mundo, e espera testemunhar a institucionalização da Região Metropolitana Itabuna-Ilhéus.

Em que segmento vale a pena investir em Itabuna hoje?

Eu acho que o segmento primordial em Itabuna hoje, para que ela possa no futuro realmente ser uma cidade desenvolvida, é a educação. Esse é o principal, a educação de base, que infelizmente vive entregue “ao léu”. Quando você tem essa educação que dá conhecimento e valor das coisas, você pode usar sua cidadania. E usando a cidadania, nós podemos eleger pessoas que tenham compromisso com a cidade.

O senhor fala nos investimentos públicos. E sobre setores para grupos particulares investirem?

Acontece o seguinte: as possibilidades dessas coisas acontecerem são muito pequenas. Porque faltam as condições ideais para que possamos trazer investimento de porte para aqui. Primeiro, precisamos ter gente treinada para assumir funções; nós não temos. Depois, nós precisamos ter aqui na região uma infraestrutura que comporte as indústrias; nós não temos. Nós precisamos de capacidade logística, pra que essas coisas todas sejam transportadas – ou via oceano ou pra exportar – e nós não temos. Na realidade, a região como um todo não tem uma perspectiva real de que isso possa acontecer. Porque estamos ouvindo tudo isso que estou falando há 20 anos.

Nos últimos anos, olhando a “grosso modo”, o que melhorou em Itabuna?

Acho que é a forte concentração que houve durante esses anos na área educacional, em termos de nível superior. Com a Universidade Federal, que está em implantação; a Uesc, que tem sido uma universidade de grande valor, e mais as outras [faculdades particulares] que aqui estão. Eu faria uma crítica a essas, no sentido de melhorar a qualidade do ensino. Isso me parece o que cresceu mais. Veja, por exemplo, o shopping teve um fator multiplicador muito grande no entorno, mas isso só para por aí. A única coisa que realmente torna uma civilização grande é a educação.

E o que piorou?

Acho que piorou no sentido de que há 20, 30 anos, se tinha uma renda muito grande do cacau e essa renda, ao invés de servir como fator multiplicador de oportunidades, foi gasta de uma maneira – eu diria – inconsequente. Diante dessa situação, também se formou uma sociedade extremamente egoísta, não existe associativismo, as pessoas se digladiam por besteira. Ao invés de ter como foco a cidade como um todo, têm um foco muito mais para as coisas menores. Aqui, muitas vezes, o sujeito empreendedor, que faz alguma coisa, em vez de receber apoio, recebe o desejo de que as coisas não vinguem. Mas nós estamos mudando, precisamos mudar, porque hoje está todo mundo pobre. Quando se chega a esse ponto, descobrimos que somente juntos podemos fazer alguma coisa. Se não for assim, não vai, não tem salvação! Olha, acho que nós vamos ter a oportunidade de plantar a semente. E a semente está muito perto do tempo de ser plantada.

Qual é essa semente?

As eleições. Que nós tenhamos a capacidade de votar em pessoas aqui da região, independente do seu partido – PSB, PDT, PT, DEM, enfim, fazermos aqui uma sociedade com força de reivindicação.

Quais seriam os critérios hoje para o senhor investir numa campanha política?

Sabe o que acontece? Acho que todos merecem o voto, eu não vou entrar… Agora, como eu disse no passado, precisamos construir uma classe que os candidatos tenham conhecimento suficiente para amar a região de Itabuna. Temos aí as eleições e você verifique o que acontece no dia a dia. Eu participarei …

De que maneira?

Como cidadão. Eu sou votar.

Investir não?

Não. Eu votando já é um investimento (risos).

Fora isso, o senhor não deseja…

Eu não vou ser hipócrita de chegar no jornal e dizer que vou dar dinheiro. Isso nem pode.

Como pessoa física pode, não é?

Não sei. Estou ficando muito fora desse embate. Já estou com quase 70 anos e esse é um embate que eu tive desde os 17, 18 anos. Sou empresário desde essa idade, um empresário pequeno, mas um empresário olhando as coisas da região.

Na sua visão, o que falta para ser institucionalizada a Região Metropolitana entre Itabuna e Ilhéus?

Só depende das lideranças. Há um tempo, eu fiz um artigo dizendo que ficava feliz de ver todos esses investimentos tomando a rodovia Ilhéus/Itabuna. Quer dizer: Ilhéus já está chegando aqui junto de Itabuna com um hífen enorme, porque na realidade tem um pouco de Ilhéus aqui e outro na beira do mar. Acho que seria até injusto para Ilhéus ou para Itabuna não se transformar isso. Se não for hoje, será amanhã; e eu espero estar vivo pra ver isso acontecer.

Numa entrevista ao Diário Bahia, o senhor disse que poderia morar em qualquer lugar do mundo, mas escolheu Itabuna. Por quê?

Porque aqui eu sou feliz. Aqui eu tive todas as minhas chances de vida; não vou renegar isso nunca. Mesmo que viva muito mais ou muito menos, não sei, mas tenho certeza absoluta que fui uma pessoa útil à sociedade. Isso é que é importante.

Itabuna 104 anos

Itabuna chega aos 104 anos . Não é o melhor dos mundos, mas é a nossa cidade, a cidade que escolhemos pra viver.
A cidade que a gente ama também deve ser a cidade que a gente cuida.2014-07-28-17-53-30-975880858





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