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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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A trama dos golpistas

Maryna Trindade

Hoje, o Brasil vive um daqueles momentos que ficarão gravados na história: a prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Um nome que, durante anos, dividiu o país, alimentou o ódio, espalhou mentiras e tentou sufocar os valores democráticos que sustentam nossa nação.

Não se trata apenas de ver um ex-presidente atrás das grades. Trata-se de ver a justiça finalmente sendo feita, diante de tantos ataques à dignidade humana e às instituições. Bolsonaro, que durante seu governo e sua trajetória política se notabilizou por falas racistas, homofóbicas e misóginas, agora enfrenta as consequências de suas ações — não como mártir, mas como criminoso.

Quantas vezes escutamos palavras de desprezo à população negra, LGBTQIA+ e às mulheres?

Quantas vezes o vimos zombar da dor alheia, minimizar a violência, atacar a imprensa livre e fomentar o caos institucional? Bolsonaro não foi apenas um presidente com ideias diferentes — foi um agente do retrocesso, que tentou transformar preconceito em política de Estado e autoritarismo em método de governo.

Sua prisão também é um marco simbólico: ela envia um recado claro de que ninguém está acima da lei, nem mesmo aqueles que ocupam o mais alto cargo da República. Ela nos convida à reflexão:

Quantos pactos com o inaceitável foram feitos em nome do “politicamente incorreto”? Quantas vezes ignoramos os sinais de que a democracia estava sendo corroída por dentro?

Lembremos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, uma tentativa clara de golpe de Estado, alimentada por discursos irresponsáveis e pela recusa em aceitar os resultados legítimos das urnas.

Lembremos das mentiras sistemáticas sobre vacinas, da omissão durante a pandemia, dos ataques às urnas eletrônicas, da idolatria às armas, da negação da ciência e do descaso com o meio ambiente e com os povos originários.

Hoje, no entanto, não é só dia de lembrança — é dia de esperança. Porque, apesar de tudo, as instituições resistiram. A democracia resistiu. E o povo brasileiro, ainda que ferido, mostra que deseja seguir em frente, com justiça, respeito e dignidade.

Que a prisão de Jair Bolsonaro não seja apenas um capítulo isolado, mas o início de um novo ciclo, em que o Brasil possa enfim cicatrizar suas feridas, sem esquecer o que as causou. Um país que se quer livre, justo e solidário não pode tolerar líderes que pregam o ódio e o autoritarismo.

Hoje, celebramos a justiça. E seguimos vigilantes — porque a democracia, como aprendemos, nunca é garantida. Ela se conquista, todos os dias.

O julgamento marca um divisor de águas no Brasil e no mundo. Um líder da extrema-direita é condenado por tentar derrubar a democracia, num recado contundente de que não haverá impunidade para quem ataca as instituições.

Maryna Trindade é ex-aluna do Colégio Democrático Estadual Anísio Teixeira em Potiraguá, estudante da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB,  cursando o 2° semestre do curso de Engenharia Ambiental. Aos  19 anos  é uma voz ativa na luta pela equidade social e política. De acordo com seu ex-professor Ricardo Oliveira, “uma filha de Oxum, serena como um regato e poderosa como uma tromba d’água”.

 

1 resposta para “A trama dos golpistas”

  • Adelson Teles Pinto says:

    Uma maravilha.
    Menina de ouro.
    Tive o privilégio de dividir as de aula, como professor de Humanas e ela, como uma aluna exemplar, inquieta com as questões em pauta; aluna de opinião formada, era uma luz em meio aos caos.

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