:: 14/set/2025 . 7:29
A trama dos golpistas

Maryna Trindade
Hoje, o Brasil vive um daqueles momentos que ficarão gravados na história: a prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Um nome que, durante anos, dividiu o país, alimentou o ódio, espalhou mentiras e tentou sufocar os valores democráticos que sustentam nossa nação.
Não se trata apenas de ver um ex-presidente atrás das grades. Trata-se de ver a justiça finalmente sendo feita, diante de tantos ataques à dignidade humana e às instituições. Bolsonaro, que durante seu governo e sua trajetória política se notabilizou por falas racistas, homofóbicas e misóginas, agora enfrenta as consequências de suas ações — não como mártir, mas como criminoso.
Quantas vezes escutamos palavras de desprezo à população negra, LGBTQIA+ e às mulheres?
Quantas vezes o vimos zombar da dor alheia, minimizar a violência, atacar a imprensa livre e fomentar o caos institucional? Bolsonaro não foi apenas um presidente com ideias diferentes — foi um agente do retrocesso, que tentou transformar preconceito em política de Estado e autoritarismo em método de governo.
Sua prisão também é um marco simbólico: ela envia um recado claro de que ninguém está acima da lei, nem mesmo aqueles que ocupam o mais alto cargo da República. Ela nos convida à reflexão:
Quantos pactos com o inaceitável foram feitos em nome do “politicamente incorreto”? Quantas vezes ignoramos os sinais de que a democracia estava sendo corroída por dentro?
Lembremos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, uma tentativa clara de golpe de Estado, alimentada por discursos irresponsáveis e pela recusa em aceitar os resultados legítimos das urnas.
Lembremos das mentiras sistemáticas sobre vacinas, da omissão durante a pandemia, dos ataques às urnas eletrônicas, da idolatria às armas, da negação da ciência e do descaso com o meio ambiente e com os povos originários.
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