Eulina Lavigne

eulina lavigneNa semana passada falamos sobre o primeiro ato da humanidade. Vamos ao segundo que ocorreu há 700 milhões de anos.

Há quase quatro bilhões de anos, no encontro da luz do sol com a Mãe Terra nasceu a vida que brincava em um playground chamado Terra. Organismos unicelulares perceberam que sozinhos logo desapareceriam da Terra, e as suas chances de sobrevivência eram muito pequenas.

Então cada vez mais era necessário a formação de comunidades celulares, e pegando a carona da ludicidade de Bruce Lipton e Steve Bhaerman, em seu livro Evolução Espontânea,  os organismos unicelulares resolveram dar um fim naquela vida solitária. E em linguagem primitiva disseram umas para as outras: Ei, preciso do seu amor.

E assim surgiram os primeiros organismos unicelulares para nos ensinar a necessidade de vivermos em comunidade e potencializarmos a nossa capacidade de ficar neste grande playground de forma feliz e saudável por mais tempo.

E o medo e o orgulho, estes grandes bichos papões, muitas vezes, criam impedimentos para falarmos de amor uns com os outros. O medo de falar e não ser aceito e o orgulho que no alto da sua pompa diz: eu não preciso de você!

E nós? Quando vamos nos atentar para isto?

Vamos para o Terceiro Ato da Humanidade que aconteceu há muitos milhões de anos atrás quando os organismos multicelulares evoluíram para o primeiro ser humano consciente. Que maravilha. É um grande passo e se esta consciência fosse ampliada melhor ainda.

Nos descobrimos como seres que riem, choram, que amam, que escrevem, que disponibilizam as suas competências para que a vida seja mais plena.

Quanto tempo nós perdemos e as células mais que inteligentes já percebiam que quanto mais consciência possuíam do ambiente que as cercavam, maiores eram as suas chances de sobrevivência. Já sabiam, há anos, que quando se agrupam, aumentam exponencialmente a sua consciência do meio ambiente.

Para sobreviver as nossas células criaram ambientes próprios e se sofisticaram desenvolvendo funções específicas e se especializaram.

Estamos chegando ao quarto ato, onde juntamos forças e percebemos que juntos somos mais fortes, e fizemos da Terra um conjunto de grandes nações e clãs humanos.

E ao longo desses milhões de anos nos fizeram acreditar que o nosso destino é determinado pelos nossos genes e que, portanto, não somos nós os dirigentes da nossa vida.

Esta é uma bela forma de fugirmos a responsabilidade sobre nós e vivermos aprisionados a crenças limitantes e assim aguardamos um salvador da pátria.

E agora o que fazer diante deste mundo caótico. Observe e aprenda com a natureza que nos ensina que quando tudo parece entrar em colapso, tudo pode acontecer, até uma nova vida ressurgir. Vejamos a história de uma lagarta que se transforma em borboleta, as cigarras que trocam as suas carcaças quando se tornam adultas. De fato algo deixa de existir e as células se renovam.

Os biólogos celulares descobriram que existem as células imaginais, ou seja, células ávidas por mudanças, com capacidade para materializar uma nova realidade. Exatamente como a lagarta que ser transforma em uma máquina voadora e permanece exatamente com o mesmo DNA.

Então estamos esperando o quê para compreender que precisamos alterar a nossa programação interna para reescrever o nosso destino?