eulina compEulina Lavigne

Nós, Seres Humanos, por nos acharmos Seres Humanos, acreditamos sermos os mais perfeitamente evoluídos. Para mim, esse é o nosso lado prepotente e que precisamos rever.

eulina lavigneConta-nos Bruce Lipton, biólogo celular, pioneiro nos estudos sobre a membrana celular em seu livro Biologia das Crenças que , durante 2,75 bilhões de anos da história da Terra,  os organismos unicelulares como as bactérias, algas e protozoários eram os únicos habitantes vivos. E foram esses organismos que descobriram como evoluir e se tornar cada vez mais inteligentes. Sabem como?

As células desenvolveram  um processo de especialização por meio da divisão de tarefas e, com isso, consumiam menos energia e aumentaram a sua longevidade. E, se dividem as tarefas, preservam a sua energia, aumentam as chances de sobrevivência do grupo e melhoram a qualidade de vida!

Em 1914, Henry Ford adotou em sua fábrica a linha de montagem. Dividiu as tarefas e isso contribuiu para uma ampliação de consciência, e agora nós estamos resgatando esses conceitos  com movimentos de grupos que atuam nas ruas, com o surgimento de Ecovilas, de movimentos de artesões, e por aí vai. Estamos compreendendo que melhor cooperar do que sucumbirmos a sós.

Quem disse que estamos aqui para competir e se for diferente deixamos de viver? Charles Darwin! Há mais de 150 anos nos informou  que precisávamos lutar para sobreviver, com a lei da seleção natural, e quem quiser que se segure, “o meu pirão primeiro”! Com todo respeito e reverência a sua importância em nossa história de evolução.

E passamos a acreditar em sua teoria e, sendo assim, tornamo-la uma realidade. Nos dias de hoje, estamos vivenciando diariamente que, se assim for, se continuarmos nos matando uns aos outros, o pirão vai ficar e não seremos nós que vamos comê-lo!

Quando acreditamos piamente na teoria da origem das espécies, esquecemos que Jean Baptiste Lamark, biólogo francês, apresentou 50 anos antes de Darwin a teoria da evolução orgânica, na qual ele diz que a evolução é fruto da cooperação entre organismos e o meio ambiente, e assim podemos sobreviver e evoluir em um mundo dinâmico.

Quem nos ensina sobre a cooperação, como sempre, continua sendo a Grande Mãe  Natureza. O físico inglês Frank Ryan aponta uma série de relações de exemplo desse movimento cooperativo como a do camarão amarelo que agarra a comida enquanto o seu parceiro, um peixe-gobi, o protege dos seus predadores; e o de uma espécie de caranguejo que carrega uma anêmona rosa sobre sua casca que come todos os restos da comida do caranguejo. (LIPTON, Bruce, 2007, p.54)

Querem melhor exemplo do que as bactérias que vivem em nosso organismo e nos protegem contra os nossos inimigos? E em nossa ignorância nos enchemos de antibióticos e Cia. e as destruímos, fragilizando o nosso sistema imunológico e nos tornamos reféns da indústria farmacêutica?

A palavra COMPETIR traz em sua origem uma disputa, uma relação de ganha-perde, de superioridade, de exclusão de competências. A palavra COOPERAR nos convida a co operar. A trabalharmos juntos e incluirmos a competência que diz respeito a cada um. E é assim que as nossas células sabem trabalhar. Elas se unem para realizar o que pensamos e acreditamos. Se você acredita que para viver precisa destruir os outros, assim as suas células irão agir. E se lembre de um detalhe, se assim agirem vão se autodestruir também.

Então pense: se competir, quem ganha e quem perde nesse latifúndio?

O que é melhor? Competir ou cooperar?