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“Não dá para descrever o sentimento de estar participando da Olimpíada Rio-2016, de ser lembrado residindo aqui, na Bahia, o que demonstra que não importa de onde você vem se trabalha com paixão e desprendimento por aquilo que acredita.” A afirmação é do professor Ms. do curso de  Educação Física Alberto Barretto Kruschewsky da Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC), depois da sua atuação como Oficial Técnico na prova de Triáthlon na Olimpiada Rio-2016 e antes de embarcar para participar da Paraolimpíada, quando volta a atuar como árbitro.

A UESC, foi a única universidade com quatro árbitros presentes na Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016: o professor Alberto Kruschewsky, Daniel Mazutti, Cláudio Damião e Débora Arantes (hoje na Federação Paulista).

uesc olimp 1Kruschewsky lembra que “chegar no Rio, ser aguardado e cuidado por todos, ter uma identificação e a oportunidade de vestir o uniforme de Oficial Técnico de uma entidade reconhecida pelo trabalho que faz, não tem preço. Trabalhar com os melhores Oficiais Técnicos de cada país, participante em triathlon mundial, é um prêmio sem igual. Fazer isso em seu país e, principalmente, constatar que no comitê local estavam pessoas também apaixonadas pelo esporte, que se dedicaram e tudo fizeram para que tivéssemos o melhor evento do mundo, é uma emoção sem igual.”

Para Alberto cada momento foi único. Caminhar diariamente com os árbitros do hotel ao “Field of Play”, em Copacabana, servia para “cair a ficha”, nos fazendo entender a magnitude do evento que estávamos organizando. Ruas fechadas, pessoas ambientadas e cientes do que estava acontecendo, do sacrifício que um evento daquele porte exigia. Obviamente que existiam as reclamações sobre a dificuldade de ir e vir. No dia da prova, as 6 da manhã, ao caminhar com a líder da minha equipe, a britânica Jane Vine, ela parou, e perguntou: “Você se deu conta Alberto? Nós estamos aqui, nas Olimpíadas no Rio de Janeiro, não é maravilhoso?” Esse foi o “start” para uma avalanche de emoções. É importante dizer que a prova foi o clímax de uma semana de intenso trabalho para os Oficiais Técnicos, familiarizações de percurso, congressos técnicos, vistorias de equipamentos e roupas, tudo acontecendo diariamente.”

“Além das funções de Registro dos Atletas e Congresso Técnico, estive na orientação dos atletas na apresentação e como assistente na contagem de voltas. Na paralimpíada que começa em 7 de setembro serão outras funções, com o mesmo empenho. Pela primeira vez constatei como diversos países podem estar unidos para que um evento que acontece fora das suas fronteiras, seja um sucesso. Percebi a capacidade que as pessoas têm de compartilhar conhecimento e competência em prol de uma causa comum. O esporte tem a capacidade de agregar, isso já está sedimentado, mas ao participar da engrenagem de uma Olimpíada isto se torna claro,” avalia o professor