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O juiz da Vara da Infância de Juventude de Itabuna, participou da 1ª edição do Curso de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz, com duração de uma semana, na Escola da Ajuris, em Porto Alegre. O curso teve como objetivo criar diálogos que permitam a identificação e a compreensão das causas e necessidades subjacentes ao conflito e a busca da sua transformação.

O evento contou com a participação de Juízes de Direito de vários estados do Brasil, como Tocantins, Paraíba, Mato Grosso e Bahia. As facilitadoras Lenice Pons e Katiane Boschetti estão ministraeam as aulas, além de atuar nos cursos desenvolvidos pelo Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, coordenado pelo Juiz de Direito Dr. Leoberto Brancher.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ/RS) é referência nacional na difusão da em Justiça Restaurativa, estudantes, pesquisadores e profissionais de todo país buscam trocar experiências sobre o assunto, a fim de aplica-las em suas áreas de atuação (tribunais, promotorias, organizações não-governamentais, faculdades e universidades, etc.)

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“Esse curso é uma oportunidade para aperfeiçoar e aprender melhor sobra as dinâmicas da Justiça Restaurativo na questão do trabalho do facilitador e transmitir essa formação para outras pessoas lá para a comarca onde eu trabalho.” , afirmou o Dr. Marcos Bandeira. O Tribunal de Justiça da Bahia possui uma Unidade Piloto em Itabuna, onde estão sendo implementadas práticas de Justiça Restaurativa.

De acordo com o magistrado itabunense, “a Justiça tradicional está dando sinais de esgotamento, o foco dela é na pena privativa de liberdade e mais outras penas alternativas que não surte o efeito pedagógico esperado”. “Vejo a justiça restaurativa como grande paradigma, algo novo que veio para ficar e para levar essa cultura de paz. Infelizmente a justiça tradicional tem como instrumento de contenção a violência, punir por punir, e sabemos que essa prática não tem surtido efeito. O Brasil hoje é o quarto país em termos de população carcerária, e há uma previsão de que se a Justiça continuar como está, daqui há dez, quinze anos chegaremos a um milhão de presos.”, afirma Bandeira.

Ele participou do curso acompanhado da esposa Rosana Bandeira. que é coordenadora pedagógica do CRAS/MEDIDAS em Itabuna, trabalhando com projetos de ressocialização de adolescentes infratores.