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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 24/jun/2014 . 8:27

Síndrome de Cebolinha

 

boinhaCebolinha, simpático personagem criado por Maurício de Souza, acalenta um sonho: ser o dono da rua, ou da ´lua”, já que ele tem o hábito de trocar o R pelo L.

O problema é que a rua já tem dono, no caso dona, a igualmente simpática, gorducha, dentuça e fortíssima Mônica, que com seu coelhinho chamado Sansão manda e desmanda no pedaço.

E assim, todos os ´planos infalíveis´ de Cebolinha, auxiliado por seu amigo Cascão, para se tornar dono da rua falham, terminando invariavelmente com uma bela surra dada por Mônica, usando como arma o seu inseparável Sansão.

Caso saísse das histórias em quadrinhos e resolvesse ser dono de rua de verdade, sem ter que se arriscar à fúria da Mônica, bastaria a Cebolinha aboletar-se num avião e desembarcar em Itabuna e Ilhéus.

Pois, nessas plagas grapiúnas, se existe coisa fácil de ser é dono de rua.

Não é ficção: é inacreditável a facilidade com que donos de bares se apoderam do espaço das ruas, chegando em alguns casos a bloquear o trânsito, para colocar mesas, cadeiras e equipamentos de som, fazendo das vias públicas a extensão de seus estabelecimentos comerciais.

Pior ainda: alguns esses estabelecimentos permitem aqueles carros de som que mais parecem trios elétricos, com o som da estratosfera, incomodando toda a vizinhança, privada de seu momento de tranqüilidade no pretenso aconchego do lar.

Vá lá que em determinados horários ou em feriados e/ou finais de semana, quando o movimento é menor, não haja problema em ocupar parte da calçada ou da praça (da rua, também é exagero!). O problema é quando isso se torna uma prática diária, rotineira.

Em Itabuna e Ilhéus, também é comum que calçadas e praças sejam tomadas pelos donos de bar, impedindo o fluxo normal das pessoas.

Não são apenas os bares. Nas principais artérias comerciais de Itabuna e Ilhéus, calçadas são utilizadas para expor mercadorias, como se fizessem parte da área das lojas. O pedestre que trate de fazer malabarismo, para se desviar das mercadorias, isso sem contar o risco de ser “laçado” por um vendedor mais afoito.

Cebolinha iria se deleitar por aqui, ainda mais que não há Mônica nem Sansão para colocar ordem na rua.

Fiscais, então!

Esses parecem obra de ficção mesmo…

Sai da frente, que atrás vêm um irresponsável

caminhãoNão apenas atrás, mas às vezes no sentido contrário também. Basta circular pelas rodovias brasileiras, o Sul da Bahia incluído, para entender as razões de tantos acidentes com milhares feridos e de vítimas fatais. Tome-se como (mau) exemplo o trecho da rodovia BR 101 entre Itabuna e Eunápolis.

É só começar a circular na rodovia para constatar que a irresponsabilidade não tem limites.

Há sempre um motorista de ônibus ou de caminhão, certamente empolgado com o tamanho do veículo, cometendo algum tipo de imprudência, de ultrapassagens arriscadas ao excesso de velocidade.

O pobre coitado do motorista de carro pequeno que der o azar de ficar atrás de um caminhoneiro ou motorista de ônibus mais apressado que trate de dar passagem, mesmo que isso implique em colocar a própria vida em risco.

Existem nestes quase 220 quilômetros de estrada entre Itabuna e Eunápolis, alguns trechos críticos, onde a repetida ocorrência de acidentes recomenda, no mínimo, prudência. Um desses pontos críticos é uma curva nas proximidades da entrada de Arataca, onde mortes por acidentes se tornaram uma triste rotina.

Em vez da esperada cautela, imprudência e mais imprudência. Motoristas fazem a curva em velocidade absurda e arriscam ultrapassagens que são um convite macabro a uma colisão de conseqüências imprevíseis.

Ou, previsíveis até demais.

No trecho entre o povoado de Paraíso e Itapebi, subidas, descidas e inúmeras curvas, igualmente recomendam prudência por parte dos motoristas.

Perda de tempo. O festival de barbaridades se estende por todo o trecho, como é se imaginar que se estenda por todas as rodovias brasileiras.

O inacreditável é que nada é a feito para coibir a irresponsabilidade, nem campanha educativa e nem a necessária punição para os motoristas que mais se assemelham a assassinos ao volante.

São apenas dois postos policiais e ainda assim raramente alguém é parado. Não existem viaturas circulando pela rodovia, o que em tese poderia reduzir os índices de imprudência.

Sem fiscalização, os maus motoristas sentem-se a vontade para colocar em riscos os condutores que dirigem com responsabilidade, muitas vezes vítimas inocentes dessa máquina de matar em que se transformou o trânsito brasileiro.

Uma situação absurda, que se repete diariamente e que se traduz em estatísticas alarmantes, que infelizmente não alarmam nem provocam a necessária reflexão.

Hoje, chega-se em casa após uma viagem de carro como que chega de uma guerra, na condição de sobrevivente.

Na prática, o que há a mesmo uma guerra insana, em que o veículo se transformou numa máquina mortal.





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