“Sou filha de pais pobres. Como muitas meninas, engravidei ainda na adolescência e tive três crianças. As meninas passaram a ser prioridade e, por isso, não sobrava dinheiro para entrar na faculdade. Sempre acreditei que a educação poderia ser o mecanismo para ter uma vida mais digna. Quando o governo Lula entrou com a política das cotas e o Prouni eu disse: ‘essa é minha chance’. Apesar de ter terminado meu ensino médio há 10 anos, pude concorrer como egressa de escola pública. Me inscrevi e fiz as provas do Enem. Fui contemplada com uma bolsa integral para o curso de recursos humanos. Hoje estou formada e não parei. Já passei em dois concursos e sei que quando são aplicadas as políticas certas no Brasil, o resultado é um país com oportunidades e igualdade para todos. Eu sempre digo que a minha vida é prova de que essas políticas deram certo e nosso Brasil vai poder ir ainda mais longe se continuar investindo em educação”.

Analene Gonçalves dos Santos,