só faltou tomar uma no ABC da Noite...

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Sem aparentar ter sido vítima de agressão física, trajando bermuda, camiseta e boné, Alessandro da Silva Lourenço, de 35 anos, o tripulante do navio Club Med 2, que reapareceu, nesta terça-feira (18), depois de cinco dias sem manter contato com a equipe da embarcação, que já zarpou de Salvador, foi ouvido, na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP). Ele afirmou à delegada Luciana Lima da Rocha Lopes que fora roubado por um grupo de pessoas dentro de um bar, na região do comércio, e, posteriormente, se hospedado por três dias no quarto de uma pousada no Centro Histórico, até conseguir manter contato com um irmão, no Rio de Janeiro, e com um colega da tripulação, de prenome Marcos.

Acompanhado por um representante da empresa de navegação, Alessandro não soube explicar porque foi buscar o abrigo de uma pousada ao invés de se dirigir a uma delegacia para registrar a ocorrência de roubo. Ele foi orientado pela delegada, ao sair da DPP, que não faz esse tipo de ocorrência, a registrar o fato numa delegacia territorial, próxima ao local onde se deu crime, uma vez que, segundo ele próprio, teve subtraído o celular, o relógio de pulso e a quantia de 317 euros que trazia num dos bolsos.

Ao narrar o episódio, o tripulante se contradisse em vários momentos, não conseguindo identificar o estabelecimento onde fora assaltado, nem o nome de, pelo menos, uma das pessoas que o teriam atacado, enquanto consumia bebida alcoólica.

Alessandro afirmou que depois de deixar a embarcação, no Porto de Salvador, por volta de 15 horas, de quinta-feira (13), com a intenção de fazer compras, foi até um bar, próximo ao Elevador Lacerda, onde bebeu com dois desconhecidos. Um deles teria saído e, posteriormente chegaram ao local mais dois homens e uma mulher, tendo esta, arrancado o relógio de seu pulso.

Dali, o tripulante do navio seguiu para outro bar na mesma região, sendo abordado, naquele local, por um grupo de oito pessoas, que lhe roubou o celular e o dinheiro. Alessandro contou ainda que fora mantido refém por três dessas pessoas no andar superior do bar, até conseguir fugir e rumar, sozinho, para o Terreiro de Jesus.

Com 65 euros que havia escondido num bolso interno da bermuda hospedou-se numa pousada e permaneceu ali, isolado, até ter visto, na Internet, a notícia sobre seu desaparecimento.  Mesmo sem dinheiro e o celular, conseguiu manter contato com um irmão, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e com um amigo, também tripulante. O restante da dívida feita na pousada foi pago pelo representante do navio Clube Med 2, de prenome Alessandro, que o levou à DPP, na Pituba.