A noite todos os gatos (e todos os índios) são pardos
10/jun/2013 . 14:33
A família da produtora rural Conceição Sá é exemplo do clima de insegurança que impera na zona rural de Buerarema, no Sul da Bahia, com as frequentes invasões de propriedades rurais por supostos índios tupinambás.
Na madrugada do dia 5 de junho, cerca de trinta supostos índios invadiram a fazenda, acordaram um funcionário e exigiram que ele e a esposa deixassem o local, dizendo que a partir daquele momento eles é que eram os donos.
Os supostos índios chegaram a perguntar se haviam armas na fazenda e deixaram claro que os legítimos donos não poderiam mais entrar. Outras quatro fazendas foram invadias na mesma noite.
“Foi um ato criminoso e sem qualquer respaldo legal. A nossa família se encontrar consternada porque não tomamos nada de ninguém; Foi uma propriedade construída pelo suor dos nossos pais. Ali crescemos, nossos filhos participaram e agora os nossos netos estavam iniciando a mesma trajetória. É a nossa memória afetiva violada sem precedentes”, afirma Conceição Sá.
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Invadidos pela assentida omissão daqueles que deveriam assegurar os nossos direitos à propriedade conquistada/adquirida com o suor e sangue de nossos pais. Cada pedacinho do chão foi trabalhado com facão em punhos, sem a tecnologia presenteada, hoje, aos invasores. Mãos cheias de calo, mas não desistiram; correram riscos, mas traçaram metas, que foram alcançadas com o porvir dos anos. Hoje, o paraíso dos nossos pais, que nos foi legado, foi ultrajado, desconfigurado ante a sanha dos predadores. Tenham terras, sim, mas com o suor e sangue deles.
A terra treme e agoniza, pois que tem seu solo pisado por pés temerários.