vítimas eram jovens, com uma vida inteira pela frente

Diante de uma série de ações irregulares, o Ministério Público cogita a possibilidade de pedir a prisão dos proprietários e dos integrantes da banda que se apresentou na boate Kiss, em Santa Maria, na região Central, onde, na madrugada de domingo, 234 pessoas morreram – a maioria asfixiadas – depois que o estabelecimento pegou fogo.

Conforme o promotor Joel Duarte, passado o primeiro momento de consternação, o Ministério Público deve partir, nesta segunda-feira, para a parte técnica da investigação e apurar as responsabilidade pela tragédia na danceteria. Duarte destacou que uma sucessão de erros explica o ocorrido. “Estive no local, houve sérios erros na boate, como por exemplo, a questão da saída e entrada em um único local. Além de ser estreita era uma única via, não havia sinalização para indicar um caminho mais rápido, tanto que muitas delas acabaram indo para o banheiro”, destacou.

Sobre a possibilidade de prisão, o promotor sustenta ter havido uso de artifícios pirotécnicos em lugares fechados, situação que, segundo ele, é proibida. “Um prisão preventiva foi pensada, ou ao menos uma possibilidade ao menos de temporária. Queremos encontrar os eventuais responsáveis para cobrar criminalmente ou em outras instâncias”, declarou.