A Associação das Empresas de Transportes Urbanos de Itabuna realizou na manhã de quarta-feira (21) um encontro com profissionais de comunicação, com o objetivo de esclarecer a população sobre a paralisação parcial no transporte coletivo, que já decisão da desembargadora Vania Chaves, presidenta da 5ª. Região do Tribunal Regional do Trabalho determinou a circulação de pelo menos 60% dos ônibus nos  horários de pico, das 6 às 9 horas e das 17 às 20 horas, e 40% nos demais horários.

No encontro com a imprensa, o diretor da AETU, João Duarte (foto), afirmou que “essa é uma paralisação onde em momento algum o sindicato da categoria apresentou uma reivindicação clara, que pudesse ser negociada. Ela aconteceu em meio a uma disputa pelo comando do sindicato e não fomos comunicados com antecedência sobre os motivos da greve, como determina a lei”. Duarte lembrou ainda que na terça-feira (20) estava marcada uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho em Salvador. Os dirigentes das empresas compareceram, mas nenhum representante do sindicato foi ao TRT, o que levou a desembargadora a marcar o julgamento sobre a paralisação para o próximo dia 6 de dezembro.

João Duarte disse ainda que “motoristas e cobradores tem se dirigido para as empresas, mas sindicalistas impedem a saída dos ônibus acima da cota do TRT, num claro sinal de intransigência”. Segundo o diretor da AETU, “a maior prejudicada com essa greve é a população, que não pode dispor de um serviço de qualidade”. Para Duarte, “os prejuízos para a economia de Itabuna são incalculáveis, já que Itabuna é um polo regional de saúde, educação e prestação de serviços e milhares de pessoas dependem do transporte coletivo”.

Ele pediu ainda a intermediação da Prefeitura de Itabuna, através da Secretaria de Transportes e Trânsito, para que haja um entendimento com o sindicato. “É hora de fazer imperar o bom senso e o bom senso aponta que o transporte coletivo deve voltar a operar normalmente em Itabuna, já que estamos entrando no período de Natal e das festas de fim de ano, quando o fluxo de itabunenses e de pessoas de outros municípios para o centro da cidade tem um grande aumento”.

“As empresas sempre estiveram abertas às negociações com o sindicato, mas estamos numa situação em que não se sabe o porque da paralisação e em que não se pode penalizar uma cidade inteira por conta de uma disputa eleitoral no sindicato que já se encerrou”, finaliza João Duarte.