Isso é que é queimar um baseado…

Enquanto as 16 toneladas de maconha e o meio quilo de haxixe apreendidos há quase uma semana pela Polícia Civil eram incinerados, na Cerâmica Nordeste, localizada num trecho da BR-324, próximo a Feira de Santana, investigadores do Departamento de Narcóticos (Denarc), ainda em diligência em Cafarnaum, encontraram mais meia tonelada de maconha abandonada numa das duas fazendas naquele município, onde ao lado de uma terceira propriedade, em Canarana, houve, entre os dias 21 e 24, a maior  apreensão da droga já feita no Nordeste brasileiro.

              Cem cabeças de gado também foram abandonadas pelos traficantes na fazenda em Cafarnaum, e a exemplo dos quinhentos quilos de maconha encontrados.             Moradores da região confirmaram que o gado abandonado pertencia aos donos da fazenda onde havia plantio de maconha, chamados por eles de “forasteiros”. Levada para a Delegacia Territorial de Cafarnaum, a droga será periciada no Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Irecê e, posteriormente, incinerada com autorização da Justiça. Já os animais ficarão na área de outra fazenda, cedida para o confinamento pelo proprietário, com o conhecimento do Ministério Público, podendo ser convertidos em benefício de alguma instituição.

QUEIMA DE MACONHA             

              O processo de incineração das mais de 16 toneladas de maconha e de meio quilo de haxixe foi coordenado pelo diretor do Denarc, que entre 21 e 24 deste mês comandou a operação de apreensão nas zonas rurais de Cafarnaum e Canarana, com o apoio da Polícia Militar.  A destruição das drogas aconteceu mediante autorização judicial.

              Acondicionados pelos traficantes em 3 mil sacos, os 16 mil e  15 quilos da maconha pronta para consumo  e o haxixe foram transportados até os fornos da cerâmica em caminhão baú, sob escolta de equipes da Coordenação de Operações  Especiais (COE). A incineração havia sido comunicada oficialmente ao Ministério Público, Judiciário, Corpo de Bombeiros, Departamento de Polícia Técnica (DPT), Diretorial Regional de Saúde (DIRES) e Secretaria de Meio Ambiente de Feira de Santana, tendo as instituições encaminhado representantes até a Cerâmica Nordeste. As 16 toneladas da droga seriam comercializadas durante o Verão e o Carnaval.