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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 18/jan/2011 . 18:04

Uma missão, um desafio


O número é assustador, absurdo, terrível: nestes primeiros dezoito dias de 2011, vinte e uma pessoas foram assassinadas em Itabuna. A média é mais de um homicídio por dia, o que coloca a cidade entre as mais violentas do país.

Posto que Itabuna é regra e não exceção, nada mais natural portanto que ao anunciar o novo secretariado, que inclui vários nomes do primeiro mandato, o governador Jaques Wagner decidisse promover a mudança no comando da Secretaria de Segurança Pública.

Se vale a regra de que em time que está ganhando não se mexe, em time que está perdendo é preciso mexer.

E a despeito dos vultosos investimentos feitos na área de segurança pública pelo Governo da Bahia, incluindo a ampliação do efetivo policial, a aquisição de viaturas e equipamentos e a modernização da estrutura, a SSP estava perdendo a guerra para o crime.

Sai César Nunes e entra Maurício Barbosa. O novo titular da Segurança Pública na Bahia é delegado de Policia Federal, com experiência no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.

Maurício Barbosa assume com uma missão e um desafio.

A missão de reduzir os elevados índices de violência na Bahia, o que demanda novos investimentos em pessoal e estrutura e um eficiente serviço de inteligência, dando aos cidadãos de bem da Bahia a possibilidade de levar uma vida sem tantos sobressaltos, posto que hoje ninguém está seguro, seja em casa, seja na rua.

E o desafio de fazer com que esses investimentos que já estão sendo feitos e que necessitam ser ampliados resultem numa polícia coesa, imune à corrupção e focada no combate à criminalidade, em que haja uma linha bem definida que separa o policial do bandido.

Um trabalho que passa, necessariamente, por uma luta sem tréguas contra o tráfico de drogas, responsável direto e indireto pela esmagadora maioria dos assassinatos.

Em Itabuna, por exemplo, das duas dezenas de mortes deste sangrento início de 2001, pelo pelos 16 estão associadas ao tráfico e/ou consumo de drogas, o onipresente crack reinando soberano.

Desejar boa sorte ao novo secretário de Segurança Pública é retórica inútil e desnecessária.

O que ele, e todo o efetivo do setor de segurança pública da Bahia e demais integrantes do governo precisam (porque a violência não é apenas uma questão de segurança) é de trabalho, muito trabalho.

Essa é uma guerra a ser travada -e vencida- a cada dia.

A FACHADA DO CALOTE


A pousada- restaurante pode ter nome de Paraíso, mas a vida de um comerciante de Itapebi, no Sul da Bahia, se tornou um verdadeiro inferno.

Cansado de esperar pelo pagamento de serviços prestados à Prefeitura e à Câmara Municipal, o comerciante resolveu tornar público o calote.

E bota público nisso: ele colocou duas enormes placas na fachada da pousada, cobrando a dívida.

Não se sabe se o prefeito e o presidente da Câmara passaram pelo local para ver, in loco, a inusitada ´homenagem´.

Mas, pelo jeito, o calote vai continuar, agora na base do “devo não nego, não pago nem quando eu puder”.

Começou bem, mas começou mal

O Colo Colo começou bem o Campeonato Baiano de 2011, vencendo o Vitória em pleno Barradão por 1×0. Ótima estréia para um time que, em 2010, só se salvou da degola na última rodada e nem de longe lembra o esquadrão que foi campeão estadual em 2005.

O triunfo do time ilheense é significativo, mesmo diante de um adversário ainda baleado por conta do rebaixamento para a 2ª. Divisão do Campeonato Brasileiro, agravado pelo fato de que seu principal rival, o Bahia, subiu para a 1ª. Divisão.

Ganhar do Vitória na casa do adversário é uma daquelas largadas que servem para motivar o time, dar moral ao grupo e proporcionar uma arrancada que torne 2011 menos sofrido para os torcedores e permita, ao menos chegar à fase decisiva do Baianão.

Domingo de festa em Ilhéus, portanto.

Nem tanto, nem tanto.

O Colo Colo começou mal o Campeonato Baiano de 2011.

Explica-se: logo após o triunfo sobre o Vitória, em meio ao que deveria ser um vestiário transpirando a alegria do elenco, o treinador Quintino Barbosa pediu demissão e deixou o cargo.

Treinador pedir o boné ou ser defenestrado após uma série de maus resultados ou de uma derrota acachapante é natural, nesse que é um dos empregos mais inseguros que se conhece.

Mas o treinador sair -e ainda por cima sair por conta própria- após vencer o atual tetracampeão baiano é novidade.

Barbosa, pelo tom de mágoa que ficou claro nas entrevistas após o jogo deve ter lá seus motivos. Entre outras coisas, alegou falta de apoio da diretoria e uma notória má vontade em relação ao seu trabalho.

“Não estou feliz aqui”, sentenciou o treinador.

Foi tentar ser feliz em outro time, deixando para o eterno presidente do Colo Colo, José Maria de Almeida, a missão de arrumar outro técnico. E também a missão de juntar os cacos de um time que terá que assimilar um novo comando com o campeonato em andamento e como jogos difíceis pela frente.

Se serve como alerta, em 2010 o Itabuna estreou no Campeonato Baiano ganhando do Bahia. Parecia o caminho aberto para o paraíso.

Convém à direção do Colo lembrar o final desse filme que o torcedor itabunense gostaria de não ter assistido.

E que o torcedor ilheense não faz nenhuma questão de assistir.





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