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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 7/jan/2011 . 16:56

PELOTÃO DE FUZILAMENTO


Não chegamos aos primeiros dez dias de janeiro deste novo ano, desta nova década, e os números são assustadores: nove pessoas assassinadas apenas em Itabuna.

Entre as vítimas, duas jovens que se prostituíam para manter o vício no crack e que provavelmente não honraram as dívidas com traficantes, uma dona de casa que pagou com a vida pelo vício do marido em maconha e foi baleada com vários tiros, e um adolescente assassinado na porta de casa, numa das muitas rixas entre gangues que não raro atingem pessoas inocentes.

Sob qualquer ótica, é uma violência absurda, com média superior a um assassinato por dia, numa cidade que em 2010 já sofreu demais com a criminalidade.

A maior parte dessas mortes em série esta diretamente associada ao tráfico e ao consumo de drogas, o crack exponencialmente.

Sabe-se, portanto, a raiz do problema e é preciso combatê-lo, seja com a ampliação do policiamento, seja com programas de recuperação de viciados, seja com ações que impeçam que crianças e adolescentes mergulhem no mundo das drogas.

Não é possível se falar em redução de violência sem que haja um foco especial na questão do crack, essa praga que corrói por dentro a sociedade brasileira e empurra milhões de pessoas para o precipício.

Que esse início sangrento de 2011 não seja o prenuncio de um ano sangrento, porque não é possível conviver/sobreviver com uma violência desse nível.

SOLIDARIEDADE, A MELHOR PROPAGANDA


Solidariedade rima com criatividade. Por este motivo, diretores e colaboradores da agência de publicidade M21, de Ilhéus, elaboraram um calendário de ações sociais que serão desenvolvidas no Sul da Bahia durante todo o ano de 2011.

O que era sonho começou a virar realidade no último Natal, quando 40 crianças carentes, atendidas pela Associação Centro Educacional de Ação Integrada, ganharam uma festa com distribuição de doces, brinquedos, livros e roupas. A associação é localizada no bairro Nossa Senhora da Vitória, um dos mais carentes de Ilhéus.

“Entre as idéias que fervilham o ambiente criativo da M21, surgiu a vontade de fazer o Natal de algumas crianças um pouco mais feliz e o resultado foi emocionante”, comemora o diretor da M21, publicitário Marco Lessa.

Saúde é o que interessa


A mudança no comando da Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna, ressalvada a boa intenção do prefeito Nilton Azevedo em buscar dar um novo dinamismo a um setor caótico, é mais ou menos a historinha do sujeito que pega a mulher com o amante no sofá e, para acabar com aquela situação, digamos, incômoda, atira o sofá pela janela.

O fato é que o problema da saúde pública em Itabuna não está necessariamente no secretário que saiu, com a dignidade e altivez que lhes são características, nem haverá varinha de condão que faça com que o secretário que entra, cuja competência ou não só poderá ser avaliada com o tempo, reverta essa questão do dia para a noite.

A saúde é uma das áreas mais complexas de qualquer administração, seja ela municipal, estadual ou federal. Quando a essa complexidade somam-se uma pitada de gestão ineficiente, aplicação incorreta dos recursos a apadrinhamento político no preenchimento de cargos que deveriam ser ocupados por técnicos, a situação degringola de vez.

O problema da saúde pública em Itabuna é estrutural, começa pela base, nas unidades de saúde, onde faltam de médicos e medicamentos, passa pelas clínicas onde a espera por uma consulta pode levar semanas (quando não meses) e termina no Hospital de Base, em que falta tudo e o número de mortes de pacientes está muito acima do tolerável.

O Hospital de Base, caótico sob todos os aspectos, é um exemplo desse modelo equivocado de gerir a saúde pública. Embora municipal, atende (ou deveria atender) pacientes de mais de 100 cidades do Sul e Sudoeste do Estado.

A Prefeitura de Itabuna já deu inequívocas demonstrações de que não tem condições de gerir o hospital, mas apesar das repetidas manifestações de compromisso do Governo da Bahia em assumir a gestão, o que garantiria uma injeção substancial de recursos e a adoção de um modelo que vem dando certo em Ilhéus, Santo Antonio de Jesus, Juazeiro e outras cidades, o chefe do executivo faz ouvidos moucos à proposta.

Houvesse um mínimo de racionalidade, não seria o caso do município passar a gestão do Hospital de Base para o Estado, focando os recursos que já são escassos nas unidades de saúde, nas clínicas especializadas e em programas de prevenção da dengue e outras doenças?

É importante ressaltar aqui que quando se fala de saúde pública, está se abordando uma questão que envolve vidas, muitas vidas, e não de política, no sentido mesquinho da palavra.

E, muito menos, ainda que metaforicamente, de sofás…





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