:: 6/jan/2011 . 20:52
A MÍDIA PISTOLEIRA NÃO PERDOA, ATIRA

Vá lá que a concessão de passaporte diplomático aos dois filhos de Lula seja noticia, mas daí a virar manchete de capa da Folha de São Paulo, com a providencial repercussão no Jornal Nacional, ´também é demais também´.
E qual o problema de Lula e sua família descansarem numa base da Marinha, a ponto desse fato ser tratado como uma espécie de mordomia nababesca?
O fato é que a mídia pistoleira não consegue curar o ódio contra o ex-operário que, a despeito de todo o massacre sofrido ao longo de seus oito anos de mandato ousou se tornar o melhor e mais querido de todos os presidentes brasileiros e que ainda teve o desplante de eleger sua sucessora.
A mídia pistoleira não aprende as lições de 2002, 2006 e 2010, quando levou uma surra desse povo que ela se imagina capaz de manipular e influenciar.
Não é por acaso que na última década o Jornal Nacional, outrora soberano na audiência, perdeu um em cada cinco telespectadores, que migraram para as tevês por assinatura ou para emissoras que fazem um jornalismo mais isento, com a Record, Bandeirantes e Rede TV.
E que a Veja, Folha, Estadão e o Globo só fazem perder leitores para veículos regionais e mídias como a internet, além de jogarem no lixo o que ainda lhes resta de credibilidade.
A mídia pistoleira, cega de ressentimento e preconceito, atira mesmo é no próprio pé.
DUPLICAÇÃO JÁ!

A técnica de enfermagem Cláudia da Silva Borges, de 32 anos, que trabalhava na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, é a mais nova vítima dessa máquina de matar em que se transformaram as rodovias brasileiras.
É, igualmente, vítima de uma rodovia, a Ilhéus-Itabuna, que há muito ultrapassou sua capacidade de absorver um tráfego intenso entre as duas principais cidades sulbaianas.
Cláudia acabara de fazer compras num supermercado às margens da rodovia e voltava de Itabuna de moto, quando colidiu com um caminhão tanque. O impacto do choque foi tão forte que a frente do caminhão ficou danificada.
A técnica de enfermagem morreu antes de receber qualquer tipo de socorro e sua amiga, Maria Cristina Alves, de 32 anos, que viajava como carona na moto, sofreu fraturas no fêmur e na bacia.
A morte de Cláudia, bem como os inúmeros acidentes registrados na Ilhéus-Itabuna durante as festas de Ano Novo, chamam a atenção para a necessidade de duplicação da rodovia, uma reivindicação de mais de duas décadas e que só agora deve sair do campo vago das promessas.
É óbvio que não se pode atribuir os inúmeros acidentes da rodovia Ilhéus-Itabuna ao fato de ter uma única pista com mão dupla. Há o inquestionável fator imprudência, que pode ser notado ao longo da rodovia, em ultrapassagens irresponsáveis, excesso de velocidade, etc.
Mas é inegável que uma pista duplicada é muito mais segura, o que em absoluto prescinde de uma fiscalização, hoje inexistente, que puna com rigor os maus motoristas.
E a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna se torna ainda mais premente na medida em que nos próximos anos o Sul da Bahia ganhará equipamentos importantes como o Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste e a Zona de Processamento de Exportações, ampliando consideravelmente o volume de tráfego.
O governador Jaques Wagner já se comprometeu publicamente com a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna e os recursos para a obra estão disponíveis no Plano de Aceleração do Crescimento.
A seu favor, ressalte-se que Wagner não é do tipo de político que promete o que não pode entregar, nem um vendedor de ilusões.
A duplicação efetivamente sairá.
O que se precisa é que sejam superados os entraves burocráticos, agilizados os processos legais (incluindo o imbróglio ambiental, essa quase paranóia) e que, finalmente, as máquinas comecem a transformar projeto em realidade.
Em nome de tantas vidas que podem ser poupadas, duplicação já!
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