Encontramos um grupo de estudantes de Comunicação Social da Uesc.
Um amigo pergunta a eles:
-Alguém de vocês ouviu falar em Chatô?
Nenhum deles sabe quem é o tal Chatô, o mitológico Assis Chatobriand, que poderia ser um chato, mas foi também o maior empresário de comunicações do Brasil até ser atropelado por um império chamado Rede Globo.
-E em Walter Clark?
Seria um ator de Hollywood? Um esforçado ponta-esquerda da Seleção da Escócia?
Igualmente, nenhum deles sabia dessa que é uma das maiores figuras da história da tevê brasileira.
Pra me sacanear, o amigo ainda perguntou:
-E Daniel Thame, vocês sabem quem é?
E não é que uma das estudantes sabia?
-É aquele cara do jornalismo TV Cabrália de antigamente…
Apesar do “antigamente”, ganhei a sexta-feira.
Estou melhor do que Chatô e Walter Clark.

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Brincadeiras à parte (tenho um profundo carinho e respeito por esses jovens que encaram a profissão com um certo romantismo, mas vão imprimir um sopro de renovação à imprensa regional), este quase ex-jornalista em atividade recomenda aos estudantes de comunicação da Uesc, FTC e Unime que leiam e depois releiam “Chatô, o Rei do Brasil”, de Fernando Morais; e “Um campeão de audiência”, autobiografia de Walter Clark, cuja autoria ele generosamente dividiu com Gabriel Priolli.
Os dois livros valem mais do que duzentas horas de aula.