Cleide Léria Rodrigues

 

cleide l 2Conhece a origem do Setembro Amarelo? E por que é tão importante a consciência da sua importância?

Você pode ter ouvido falar que, o setembro amarelo surgiu nos Estados Unidos, quando um jovem de nome Mike com apenas 17 anos se suicidou no ano de 1994.

Mike restaurou um Mustang 68 e o pintou de amarelo, infelizmente Mike tinha sérios problemas psicológicos que não foram percebidos nem por seus pais, ou por seus amigos, o que acarretou a sua morte.

Por fim, no seu velório foi feita uma cesta de cartões decorados com fitas amarelas com a mensagem “Se precisar, peça ajuda”, felizmente deu início a conscientização da necessidade de apoio pois, com isso muitas dessas mensagens chegaram a quem realmente precisava de ajuda.

PHOTO-2021-09-02-11-52-22Ter uma escuta seletiva e de acolhimento e amparo é essencial. Portanto, vamos abraçar a essa causa contra o suicídio. Combatendo este ato de violência consigo mesmo, e aos que o cercam. E lembre-se quem suicida não quer exatamente morrer e sim, parar de sofrer emocionalmente. Além disso o suicídio é considerado uma epidemia, capaz de matar mais que o câncer, e durante o ano todo, milhares de pessoas se suicidam, somente no Brasil e no mundo podemos somar mais de um milhão de pessoas.

Para prevenir essa questão do suicídio é necessário que os profissionais de saúde de diversas áreas inclusive o psicólogo, e que ele esteja apto a reconhecer os fatores de risco que podem levar ao suicídio, pois é uma questão de saúde pública, e não podemos esquecer da importância de lembrarmos disso sempre.

Mas, também não podemos ignorar que embora seja um tabu falar sobre o assunto não podemos fechar os olhos para esse tema, e a psicologia pode e deve andar de mãos dadas com os médicos na hora de identificar, tratar e informar os pacientes. Lembrando que, o comportamento suicida não é somente chegar as vias de fato? Ou seja, não basta buscar medicações que podem provocar a morte ou armas letais.

O fato de uma pessoa ao menos pensar, planejar e tentar o suicídio já é objeto de atenção. Além disso, só chega ao nosso conhecimento uma pequena parcela dessa população, e esse risco não escolhe faixa etária, cultura ou nível socioeconômico, é uma questão multifatorial que inclui fatores psicológicos e biológicos, genéticos culturais e socioambiental. É importante compreender a história de vida de cada um para entender o que pode desencadear tal ato, pois o suicídio é apenas a consequência de uma história de muito sofrimento.

A pessoa em risco de suicídio não tem somente a intenção de morrer. Acontece que, o indivíduo que tenta acabar com sua própria vida, pode querer acabar com a sua dor, a dor da alma é tão grande que ela não enxerga nenhuma outra saída. Mas, não podemos esquecer que o resultado pode ser outro como resultar em graves lesões ou até lesões incapacitantes. Ou seja, a morte não é o único risco.

Podemos até pensar que há pessoas que usam a pandemia da Covid para não buscarem a vacinação como se fosse a forma mais fácil de acabar com o sofrimento, ou seja é um suicídio não consciente.

Devido a alguns mitos, na grande maioria das vezes, a pessoa não busca um médico psiquiatra para identificar o risco e, o caso só chega direto no pronto atendimento com um clínico geral. Geralmente, quando alguém tenta a primeira vez posteriormente vai surgir um ciclo vicioso, pois a pessoa não vai querer desistir de tentar acabar com seu sofrimento. Por isso, é importante reconhecer e buscar acolher esse indivíduo para que tenha sua vida salva e ressignificada.

Vamos levantar essa bandeira do setembro amarelo! Vem comigo nessa caminhada de autoconhecimento e saúde mental!

Cleide Léria Rodrigues

Psicóloga Clínica CRP03/18383.

@cleideleria.psicologa – Instagram.

WWW.cleiderodrigues.com.br.