ciume seria a motivação do crime

Um crime que comoveu a população de Igaporã, o assassinato do professor Deusdete Gomes Ribeiro Filho, 28 anos, ficou mais próximo de sua elucidação com a prisão do lavrador Juventino Rocha Ribeiro Neto, de 40 anos. Diretor de uma escola no povoado de Gameleiras, o professor foi vítima, em julho deste ano, de uma emboscada na estrada que liga a sede do município àquela região, nas proximidades da casa do lavrador.

Segundo o delegado Clécio Magalhães, titular da Delegacia Territorial (DT) de Tanque Novo, e que responde temporariamente por Igaporã, o crime foi motivado por ciúmes. Apaixonado por uma moça da região, Juventino planejou o crime depois que a viu pegando carona na motocicleta do professor, a quem passou a fazer ameaças.

Demonstrando que estava emocionalmente abalado com o episódio da carona, Justino começou a espalhar também na cidade as ameaças que fazia, principalmente quando bebia. O lavrador tentou simular um acidente, atravessando, perto da hora em que o professor costumava passar, um fio de arame farpado na estrada que dá acesso à escola. Esticado, o arame atingiu o professor na altura da cabeça e, no impacto, além de derrubá-lo da moto, se soltou da cerca que o prendia num dos lados e correu pelo pescoço da vítima.

 

O acidente aconteceu por voltas das 23 horas e matou o professor na hora. Ele só foi encontrado por volta da 1 hora da manhã, com diversos ferimentos no pescoço, a uma distância de50 metrosdepois do local onde o arame fora colocado. O professo estava caído do lado da cerca em que o arame ficou preso.

 Convocado na ocasião para depor, Juventino foi ouvido e liberado por falta de provas. Dias depois ao crime, o lavrador tentou o suicídio, atirando, com uma espingarda de fabricação caseira, contra a própria cabeça. Ele foi internado em um hospital de Vitória da Conquista e teve alta na última sexta-feira (26).

Ouvido na tarde desta terça-feira (30), o lavrador negou o crime, mas acabou detido em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pelo Juiz da Comarca local. Custodiado na sede da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Guananbi, ele está à disposição da Justiça. A Polícia Civil contou com apoio do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e Polícia Militar.