:: ‘Thayane Mara Reis da Encarnação’

Pediatra da Faculdade Afya Itabuna explica o papel das

instituições de ensino em preparar novos médicos que estimulem este ato

Alimento completo, natural e insubstituível para o bebê desde o nascimento, o leite materno é essencial para a saúde e desenvolvimento destas crianças. No entanto, embora amamentar pareça algo instintivo, a realidade para muitas mães está repleta de dúvidas, mitos e dificuldades. Dados do Ministério da Saúde apontam que na Bahia, nos últimos anos, foram coletados 68 mil litros de leite humano para atender bebês que, por diferentes motivos, não puderam ser amamentados diretamente. A médica pediatra e professora da Faculdade Afya Itabuna, Thayane Mara Reis da Encarnação, reforça a importância desse alimento não só pela nutrição, mas também pelo vínculo emocional que promove entre mãe e filho.

Para a especialista, a adesão das mães ainda é uma barreira a ser ultrapassada. Disponibilidade e dificuldades com a “pega” são alguns dos entraves identificados e que inviabilizam essa aderência – principalmente quando se trata de mãe de primeira viagem. Nesse aspecto, o profissional da área da saúde tem papel importante para tentar mudar paradigmas. “Eu sempre digo que os profissionais devem orientar essas mulheres sobre os grandes benefícios que o aleitamento traz para o bebê, não somente com relação a saúde física como também emocional”, explica.

O aleitamento protege o bebê contra doenças, reduz as chances de alergias, contribui para o desenvolvimento da inteligência, prepara para a formação da fala e ajuda na formação dos dentes. Já para as mamães que gostariam de amamentar, mas por alguma razão não podem, a médica e professora da Afya Itabuna, alerta para a necessidade do acompanhamento psicológico, já que a condição pode trazer frustração. “Nesses casos, a gente suplementa a criança com leite artificial e dá esse apoio à mãe, junto com a área psicológica da instituição, já que não é fácil para elas ter o leite e ser impedida de amamentar devido a algum fator, como doenças que podem ser transmitidas para o bebê”, esclarece.

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