:: ‘Regina Ferreira’
A transformação do Jornalismo e do jornalista
Regina Maria Ferreira de Oliveira
A transmissão da comunicação, ou seja, da notícia, do fato, tem que ser clara, objetiva e direta. Na verdade, o jornalismo é uma atividade informativa que é divulgada no meios de comunicação, seja sonora, impressa ou audiovisual. Mas, o que parece estar acontecendo, principalmente nos jornais televisivos diários, é uma total desconectação com a objetividade real da notícia, da informação precisa.
Pode-se afirmar, com comprovação, que os repórteres, jornalistas, editores, são, sem dúvida, responsáveis pelos desdobramentos e processos de desenvolvimento de uma comunicação direta e sem fake news. Mas, o ponto crucial que chama atenção é de como as notícias estão sendo repassadas para o público de uma forma inconseqüente, pelo achismo e por pessoas sem qualificação (porque até motolink virou repórter!)
Segundo Marcondes Filho, no “momento em que a comunicação inverte seu papel e perde o sentido de contato com o mundo, ponte e janela que liga indivíduos a fatos” (1991:45), teríamos uma visão que faria sucumbir as visões anteriores, confundido-as, fundido-as. Criam-se cenários fictícios com suposições ao comentar uma tragédia, uma notícia, algo inaceitável no jornalismo. O comunicador não tem que supor nem usar o achismo. Tem que transmitir a notícia real. O telespectador não quer saber os mínimos detalhes do caminhão que caiu sobre a casa, ele quer saber o que aconteceu e pronto. E não se o caminhão tinha cinco marchas ou se o banco do carona estava rasgado… e por aí vai.
Olha só as perguntas dos repórteres de TV (cada pergunta inacreditável!!):
Repórter: Como a senhora se sente vendo seu filho morto? Realmente, a mãe deve se sentir ótima vendo o filho morto…
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