Páginas falsas com o codinome “Laura Camilla” foram criadas no Facebook para dois pedófilos aliciarem adolescentes em Itabuna, no Sul da Bahia. As identidades verdadeiras dos acusados presos nesta quarta-feira (26) são Anderson Laranjeiras Leite e Zenildo Silva Régis Santos, ambos maiores de 18 anos.

De acordo com o delegado Marlos Macedo e a delegada Katiana Amorim Teixeira, a família de um adolescente de 15 anos, procurou a polícia há 20 dias, a fim de denunciar o abuso sexual e extorsão. “Eles informaram para os policiais que, após os dois acusados terem acesso aos vídeos do garoto se masturbando, começaram a chantageá-los pedindo dinheiro, caso contrário iria publicar o material na rede”, explica o policial.

Segundo a polícia, os dois acusados, primeiro conversavam pelo Facebook com os menores. Depois eles iniciam uma conversa mais “sedutora”, porém, se passando por “Laura Camilla” através de um Faque (página falsa na internet). Após conseguir a confiança dos “alvos”, eles enviam vídeos de uma “mulher” se masturbando, e de contra partida, pedem também que os menores se masturbem do outro lado da tela. “Depois desse processo de conquista e confiabilidade, eles começam a chantagear os menores pedindo dinheiro e os ameaçam vazar na rede os vídeos gravados”, esclarece o delegado.

A delegada Katiana Amorim, revelou em entrevista ao Plantão Itabuna, que as investigações vinham acontecendo há mais de 20 dias, trabalho iniciado a parti das denúncias feitas pelos pais de um adolescente. “Essas diligências não começaram agora, não tem nada feito de uma hora para outra, o Ministério Público já tinha conhecimento da investigação em torno dos suspeitos, mas somente agora conseguimos material suficiente para agir e prender ambos em flagrante” diz.

Conforme Emerson Laranjeiras respondeu na entrevista, o notebook utilizado para “armar” esquemas pornográficos não é dele, apontando diretamente para Zenildo Régis. Entretanto, ambos confirmam que usaram o faque, se masturbaram e gravaram vídeos, por outro lado, negam a acusação de tentativa de extorsão e sexo físico. “Nunca tivemos contato com ninguém, sempre pela web faque”, revela.

O delegado Marlos Macedo informou que os crimes praticados pelos presos da Justiça são: Corrupção de menores, artigo 214, e artigo 240 que é captar imagens com propostas sexuais envolvendo adolescentes. “Eles podem pegar até 12 anos, de prisão”, conclui. (por Oziel Aragão)