gs barragem 1O deputado Geraldo Simões visitou, na manhã dessa quinta-feira (30), as obras paralisadas da barragem do rio Colônia, no município de Itapé. O empreendimento foi paralisado em setembro de 2013, depois que a construtora Andrade Galvão, vencedora da licitação, viu que os custos seriam maiores que orçamento e não foi atendida em seu pedido de aditamento do contrato junto ao governo estadual.

O parlamentar disse que esse impasse está prejudicando não apenas ao município de Itapé, que inicialmente viu sua economia reforçada com o aumento da renda dos trabalhadores locais, dinheiro que circulava no próprio município, mas depois amargou o retorno do desemprego. “Eram cerca de 100 empregados, quase todos da localidade da Estiva, e agora estão todos desempregados. Dessa comunidade de pouco mais de 500 habitantes, 100 estavam empregados na obra, a maioria jovens. Só não trabalhou quem era menor de idade”.

Geraldo observa que, com a paralisação da obra da barragem, o abastecimento de água em Itabuna continua prejudicado, porque, apesar das chuvas, a Emasa não tem condições de fornecer água de maneira contínua para toda a população. “Sem falar que a própria economia regional também se ressente da falta dessa obra, visto que diversos empreendimentos são perdidos ou adiados porque a cidade não tem condições de oferecer água para as indústrias”.

O deputado afirma que vai agendar uma audiência com o governador Jaques Wagner, para transmitir e reforçar informações importantes sobre a necessidade da retomada da obra. “Antes, vamos enviar ao governador um registro fotográfico da situação, com algumas informações, mas faço questão de reforçar o diálogo com o governo estadual no sentido de que se busque uma solução para esse impasse”.

Para Geraldo, deve-se observar a legalidade dos atos e, se for necessário, o governo pode provocar o Tribunal de Contas da União para que, confirmando a necessidade e a legalidade, se faça o aditamento do contrato. “Não podemos permitir que Itabuna, Itapé e a região continuem sofrendo com o desemprego e falta de oportunidades para nossos jovens, assim como não podemos prolongar o sofrimento que é a falta d’água nas casas de Itabuna”.

Impasse

O custo inicial da barragem foi de R$ 18 milhões. A obra total, incluindo acessos, desapropriações etc., teria um custo de R$ 75 milhões, aportados pelo Governo da Bahia e Governo Federal. A empresa alega que encontrou dificuldades extras de execuções, como uma área pedregosa, que aumentará os custos, sendo necessário um contrato aditivo, que vai aumentar o valor – da barragem, não da obra completa – em 112%.

“Governo e empresários, com anuência dos órgãos de controle, devem encontrar uma solução. O ideal é evitar soluções burocráticas que impliquem em reiniciar todo o processo, o que atrasaria em muito a conclusão da barragem. Mas, se isso for necessário, que se faça imediatamente”. A barragem do rio  Colônia ocupará uma área de 1.621 hectares, com altura de 19 metros e capacidade para armazenar 62 milhões de metros cúbicos de água, o que vai garantir uma vazão de 1.400 litros por segundo.