Diante de crises, surgem oportunidades.
Caroline Chaves
Um nova gestor, o médico Plinio Adry, assumiu o comando da Secretaria de Saúde de Itabuna, um dos pontos nevrálgicos da atual administração municipal. A Plinio Adry, atribui-se capacidade de organização, administração e lisura.
É sabida sua árdua missão, da qual não podem, mais uma vez ausentarem-se de participação os cidadãos. São os mesmos que devem exigir, fiscalizar e regular as ações da Secretaria de Sapude e do governo municipal como um todo. A corrupção e falta de compromisso com a sociedade não poderão macular a gestão deste novo secretário. É necessária uma prestação de serviços de saúde humanizada, sem colocar os cidadãos em situações vexatórias, humilhantes e constrangedoras.
Necessita-se de trabalho concreto, assertivo e consistente, que não vislumbre desvios, tente atingir o nível de excelência e beneficiar a população de mais necessita dos serviços básicos de saúde. Espera-se deste novo gestor que saiba usar da sua medicina para curar não só os males estruturais, mas que com suas investidas, quem sabe acertadas, diminua o sofrimento dos que esperam em corredores e macas frias de hospitais em frangalhos. Que a Secretaria de Saúde não seja mais um “braço” de desvios do erário, mas a possibilidade de realizações em prol de um povo sofrido e desprovido.
Os itabuneses esperam de Plinio Adry a solução para sofrimento e resolução dos entraves para se atingir o prometido na Constituição Federal, que é o acesso à saúde como um dos substratos da dignidade da pessoa humana. É impossível que a população ature mais desaforos e desmandos por parte do Poder Público. Há de se ressaltar, no presente caso, que como fiscal da lei o Ministério Público também deve ajudar nesta nova demanda.
Que este novo secretário saiba usar de coerência, transparência e legalidade. Que não se beneficie do cargo que ocupa, vez que não é seu, que não use da verba de forma obliqua, vez que esta é do povo e que tenha a capacidade de colocar-se como destinatário dos serviços que presta.
Oxalá que o médico atue como administrador afim de reduzir as mazelas em que se encontra o precário sistema de saúde, que não se furte de fechar os olhos para a precariedade dos hospitais e postos de saúde. Que se compadeça do povo no sereno da madrugada para conseguir uma consulta, que tenha piedade dos que aguardam por socorro, que não haja como um burocrata atrás de uma mesa. Que ponha seu coração no que pretende fazer, pois estará mais próximo do povo que qualquer outro gestor, estará na expectativa de aliviar dores!
(*) Caroline Chaves é advogada, doutoranda em Direito pela Universidade Nacional de Buenos Aires (Lomas de Zamora), com ênfase em Direitos Humanos; pós graduada em Direito Processual Civil pelo Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar











