
UM BRINDE À COMPETÊNCIA
O lançamento do projeto Amar Amado, que marca as comemorações do centenário do escritor Jorge Amado, mostrou o abismo que separa a maneira como a cultura é encarada pelo poder público em Ilhéus e Itabuna.
Enquanto Ilhéus transformou o Centenário de Jorge Amado num mega-evento, que terá repercussão nacional e internacional, atraindo milhares de pessoas para a cidade, com uma semana de atividades culturais em suas mais diversas manifestações, Itabuna deixa a data passar praticamente em branco.
Ou se deve levar em conta um galpão que é apenas um amontoado de paredes sem nada dentro e um cine-teatro tão virtual que até o prefeito lavou as mãos?
Lamentável, porque as duas cidades, a que Jorge nasceu e a em que Jorge passou a infância, poderiam estar juntas numa programação digna do Menino Grapiuna que Jorge sempre foi.
A diferença é que enquanto em Ilhéus a cultura é tocada por uma pessoa que está no cargo por competência e não por ser do PT, do PC do B, do DEM ou da PQP, em Itabuna a FICC primeiro esteve nas mãos de um ególatra e depois, pior ainda, virou moeda de troca para acordos políticos.
Simples assim.